Em Minas Gerais, Bolsonaro pede empenho de prefeitos e vereadores para 'virar' votação no estado

1 de 1 Braga Netto, Jair Bolsonaro e Romeu Zema durante encontro com prefeitos e vereadores em Belo Horizonte — Foto: Reprodução/TV Globo

Braga Netto, Jair Bolsonaro e Romeu Zema durante encontro com prefeitos e vereadores em Belo Horizonte — Foto: Reprodução/TV Globo

O candidato do PL à reeleição, Jair Bolsonaro, reuniu-se na tarde desta sexta-feira (14) com integrantes da Associação Mineira de Municípios (AMM) em Belo Horizonte (MG). Em discurso, Bolsonaro cobrou empenho de prefeitos e vereadores para virar a votação em Minas Gerais.

No primeiro turno, Bolsonaro recebeu 5,2 milhões de votos (43,60%) no estado e ficou atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve 5,8 milhões de votos (48,29%). Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do país, com 16,2 milhões de votantes.

"Vocês [prefeitos e vereadores] têm contato com o povo na ponta da linha. Ajudem o Brasil a não ir para trás. Mostrem o que nós fizemos, refresquem a memória de quem votou no PT, como o [governador reeleito] Zema disse aqui. Vamos trazer esse voto para o nosso lado. Vamos virar Minas Gerais. Vamos ganhar Minas Gerais. Vamos continuar tratando os prefeitos com dignidade e com respeito", disse Bolsonaro.

O candidato do PL, que diz não acreditar em pesquisas eleitorais, afirmou que os levantamentos já apontam empate técnico entre ele e Lula em Minas Gerais. Bolsonaro também pediu aos apoiadores que levem os pais e avós para votar no próximo dia 30.

"Muitos dos nossos avós e pais não votaram. Os idosos não votaram porque a fila era muito grande. Agora é um voto só em Minas, é só para presidente. Vamos levar os nossos avós para votar. Eles têm prioridade, vamos levá-los para a frente da fila", disse.

No evento com a AMM, Bolsonaro estava acompanhado do candidato a vice na chapa, Braga Netto, e do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

Zema, que dois dias após o primeiro turno foi a Brasília declarar apoio a Bolsonaro, afirmou que os políticos mineiros têm a "missão" de reverter o placar do primeiro turno.

"Temos que trabalhar única e exclusivamente em prol do nosso candidato a presidente. O futuro do Brasil está nas mãos das pessoas que estão nesta sala aqui hoje. Precisamos trabalhar arduamente, pedir voto a voto e refrescar a memória do mineiro do quão trágica foi a passagem do PT por Minas", declarou o governador.

O presidente afirmou que, se for reeleito, atenderá a uma demanda da AMM e criará uma Secretaria Especial dos Municípios no governo para melhorar a interlocução do Executivo federal com prefeitos e vereadores.

Ele também voltou a dizer que recriará o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços – que foi incorporado ao Ministério da Economia no governo Bolsonaro.

"Eu já falei com o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais. Ele pediu para eu recriar o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços. Será recriado. E, muito provavelmente, o ministro será de Minas Gerais", afirmou.

"E, mais ainda, a Secretaria Especial dos Municípios será criada também. Não apenas o recebimento dos governadores que merecem atendimento, mas como todos vocês, tratar também em uma secretaria especial as demandas dos municípios", completou Bolsonaro.

Mais cedo, nesta sexta, Bolsonaro fez um comício em Duque de Caxias (RJ), na Baixada Fluminense. Na cidade, ele chamou de "esmola" o programa de transferência de renda Bolsa Família – criado no governo Lula e que foi substituído pelo Auxílio Brasil.

Em um momento do ato em Duque de Caxias, o palco em que Bolsonaro discurso cedeu levemente e deu um susto no presidente e nos políticos que o acompanhavam.

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