Bolsonaro tem estratégia definida para primeiro debate do 2º turno: atacar Lula e criar 'cortes' para WhatsApp

O presidente Jair Bolsonaro (PL) dirige caminhão em Brasília nesta sexta-feira (7). — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO 1 de 1 O presidente Jair Bolsonaro (PL) dirige caminhão em Brasília nesta sexta-feira (7). — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente Jair Bolsonaro (PL) dirige caminhão em Brasília nesta sexta-feira (7). — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

O primeiro debate presidencial do 2º turno acontece no próximo domingo. E a estratégia de Jair Bolsonaro (PL) para o confronto está definida. Uma reunião da campanha nesta sexta-feira vai bater o martelo com as prioridades do encontro do presidente com Lula (PT).

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Nos últimos dias, a campanha tem apostado em um tom mais moderado para Bolsonaro, que, diferentemente dos vídeos do início da campanha, apareceu maquiado e, em uma das peças, chegou a pedir "perdão" pelas palavras e palavrões usados. A articulação política entende que uma melhor imagem com um discurso mais propositivo ajuda a alcançar os eleitores indecisos e moderados.

O grande desafio, portanto, será equilibrar a tática com uma postura mais agressiva no debate, frente a frente com Lula. Não vão sair do script as acusações de corrupção e, de vez em quando, os gritos de "ladrão" – a ideia segue sendo tirar o ex-presidente da zona de conforto, sem Padre Kelmon (PTB) como linha auxiliar desta vez. A armadilha, porém, pode ser um comportamento explosivo do próprio Bolsonaro, se excedendo e perdendo a calma. Até porque, reconhecem aliados, a postura de Lula não deve ser de passividade.

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Diante do embate tenso já previsto, a principal estratégia não passa apenas pelo que vai acontecer dentro dos estúdios da Rede Bandeirantes, mas sim pelo pós-debate, na palma da mão de milhões de eleitores que ainda podem decidir seus votos. Não à toa, um dos novos integrantes na preparação do presidente é o coach Pablo Marçal, que participou de live na quinta-feira (13) para influenciadores digitais ajudarem Bolsonaro a se reeleger. Marçal se juntou ao entorno do presidente da República e chegou a gerar insatisfação entre membros mais antigos, como o próprio filho de Jair Carlos Bolsonaro (Republicanos), responsável pelas redes sociais do pai.

Bolsonaro está sendo orientado a tentar criar ainda mais frases de efeito, com respostas que soem como uma "lacração" para o eleitorado mais conservador e arrematadoras para os indecisos. Em outras palavras, cada resposta poderá gerar um "corte", ou seja, minivídeos, ou microconteúdos, que serão extraídos de um vídeo originalmente maior, e que vão ser embalados especialmente para as plataformas digitais. Com isso, prevê a campanha, o disparo será imediato, conquistando, talvez, uma fatia ainda maior do que aquela que estará assistindo ao debate ao vivo.

Para Henri Armelin, especialista em conteúdo digital ouvido pelo 💥️blog, os "cortes" dos vídeos originais são uma espécie de "boca de urna digital". "Você só precisa de um corte bem-feito para mudar a cabeça de alguém indeciso. Se uma pessoa recebe este mini vídeo e interage com ele, o algoritmo já a coloca em um ciclo infinito, onde ela vai receber ainda mais conteúdos com aquele mesmo tipo de ideias. Não à toa, a campanha de Bolsonaro está tão focada nos influenciadores", completa.

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