Manifestante é agredido dentro do consulado da China no Reino Unido; veja VÍDEO
Um manifestante foi espancado por vários homens depois de ser arrastado para dentro do consulado chinês em Manchester, no Reino Unido, durante uma manifestação neste domingo (16) contra o presidente da China, Xi Jinping. O vídeo que mostra a confusão foi divulgado nesta segunda (17) pela agência de notícias Reuters.
O protesto ocorreu no primeiro dia do Congresso do Partido Comunista, no qual espera-se que Xi ganhe um terceiro mandato como o governante da China.
O vídeo mostra vários homens do consulado durante um confronto acalorado com os manifestantes. As imagens são confusas, mas é possível ver um dos manifestantes sendo arrastado para dentro do terreno do consulado e sendo agredido por várias pessoas. Em outro momento, um homem vestindo colete à prova de balas recebe chutes de manifestantes do lado de fora do consulado. Posteriormente esse mesmo homem é visto do lado de dentro. 💥️(Veja no vídeo acima)
Policiais em frente ao portão tentam manter a ordem, enquanto conversam com as pessoas do lado de dentro do consulado, até que o homem que estava sendo espancado foi jogado para fora.
"Os policiais estavam no local e responderam imediatamente para acalmar a situação. Investigações estão em andamento para entender todas as circunstâncias", disse um porta-voz da polícia de Manchester em um comunicado.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse a repórteres em Pequim que não estava ciente da situação, mas que as missões chinesas agem em acordo com acordos diplomáticos internacionais.
"As embaixadas e consulados chineses no Reino Unido sempre cumpriram as leis de seu país de residência, e também esperamos que o lado britânico facilite o desempenho normal das tarefas das embaixadas e consulados chineses", disse Wang.
Alicia Kearns, deputada do Reino Unido e nova chefe da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento, disse no Twitter:
O homem que foi espancado sofreu cortes e hematomas no rosto e foi ao hospital para tratamento. Ele havia imigrado recentemente para a Grã-Bretanha de Hong Kong, disse Matthew Leung, um jornalista que estava no local.
1 de 2 O presidente chinês Xi Jinping participa da cerimônia de abertura do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, no Grande Salão do Povo em Pequim, na China, em 16 de outubro de 2022 — Foto: REUTERS/Thomas Peter
O presidente chinês Xi Jinping participa da cerimônia de abertura do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, no Grande Salão do Povo em Pequim, na China, em 16 de outubro de 2022 — Foto: REUTERS/Thomas Peter
O presidente da China, Xi Jinping, pediu a aceleração da construção de uma força militar de nível mundial ao mesmo tempo em que abordou a luta contra a Covid-19 ao iniciar o Congresso.
Cerca de 2.300 delegados de todo o país se reuniram no vasto Grande Salão do Povo, no lado oeste da Praça da Paz Celestial, em meio a uma forte segurança e sob céu azul após vários dias nublados na capital chinesa.
Xi descreveu os cinco anos desde o último congresso do partido como "extremamente incomuns e anormais", durante um discurso que durou menos de duas horas - muito mais curto do que seu discurso de quase três horas e meia no congresso de 2017, porque ele não leu todo o relatório de trabalho, o que fez há cinco anos.
“Precisamos fortalecer nosso senso de dificuldade, estar preparados para o perigo em tempos de paz, nos preparar para um dia chuvoso e estar prontos para resistir a grandes testes de ventos fortes e ondas altas”, disse ele.
Xi pediu o fortalecimento da capacidade de manter a segurança nacional, garantindo o fornecimento de alimentos e energia, protegendo as cadeias de suprimentos, melhorando a capacidade de lidar com desastres e protegendo as informações pessoais.
No relatório completo de trabalho, Xi usou os termos "segurança" 89 vezes, acima das 55 vezes em 2017, de acordo com uma contagem da agência de notícias Reuters, enquanto seu uso da palavra "reforma" caiu para 48 de 68 menções há cinco anos.
Em sua década no poder, Xi colocou a China em um caminho cada vez mais autoritário que priorizou a segurança, o controle estatal da economia em nome da "prosperidade comum", uma diplomacia mais assertiva, uma força militar mais forte e intensificando a pressão para tomar Taiwan, que é democraticamente governada.
Os analistas em geral não esperam mudanças significativas na direção da política em um terceiro mandato de Xi.
Alfred Wu, professor associado da Escola de Políticas Públicas Lee Kuan Yew da Universidade Nacional de Cingapura, disse que, em meio à desaceleração da economia da China, Xi está tentando mudar a base da legitimidade do crescimento econômico para a segurança.
"Sua narrativa é: a China enfrenta muitos perigos, o país está em estado de guerra, figurativamente, e ele é o salvador. Com essa narrativa, ele pode fazer com que as pessoas se unam ao seu redor", afirmou Wu.
2 de 2 Telão dentro de um restaurante em Pequim mostra o discurso do presidente chinês Xi Jinping na cerimônia de abertura do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China em 16 de outubro de 2022 — Foto: REUTERS/Tingshu WangTelão dentro de um restaurante em Pequim mostra o discurso do presidente chinês Xi Jinping na cerimônia de abertura do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China em 16 de outubro de 2022 — Foto: REUTERS/Tingshu Wang
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