Vizinhos da antiga Universidade Gama Filho esperam que parque no lugar do campus traga segurança e investimento
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Operários trabalham na demolição do prédio onde funcionava a faculdade de medicina da Universidade Gama Filho — Foto: Cristina Boeckel/ g1
Os moradores da região onde ficam os prédios abandonados onde funcionavam a Universidade Gama Filho (UGF) têm impressões que variam entre a esperança e a descrença sobre a promessa de revitalização da região. Nesta terça-feira (18), a Prefeitura do Rio começou a demolição do primeiro dos 15 prédios que fazem parte do campus. A promessa é que seja inaugurado no local o Parque Piedade, nos mesmos moldes do Parque Madureira, também na Zona Norte.
“Fechou o comércio todo e começou a ter muito assalto. Deu uma melhorada quando colocaram a via em mão dupla. Mas é uma tristeza passar aqui e ver isso como está”, disse o aposentado Paulo Roberto Ribeiro, que vive na região há 37 anos.
Ele conta que o principal problema da região é a segurança. Que, após o local ser desativado, começou a ser depredado e roubado. O comércio da região, como lanchonetes, foi sendo fechado ao longo do tempo por causa da falta da circulação de alunos, professores e funcionários da instituição.
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Universidade Gama Filho, na Zona Norte do Rio — Foto: Cristina Boeckel/ g1
Ele lembra com saudade do tempo em que a Gama Filho funcionava a pleno vapor. E espera que o futuro parque conte com policiamento para reduzir o problema de assaltos.
“Isso aí era um mundo, tinha teatro, tinha cinema, uma parte física, com natação e tudo isso. Tinha até banco. Acabou tudo”, disse o aposentado.
Outro que lembra com saudade da movimentação na região é Celso Salgado, que estudou Direito na Gama Filho e mora próximo dos prédios que pertenceram à universidade há 3 anos. Ele conta que a região era um “formigueiro”, por causa da grande circulação de pessoas.
“Eu fico saudoso. Eu já assisti muita aula aí. Tinha lanchonete, bares. Era uma verdadeira festa”, afirmou Celso.
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Máquina trabalha na demolição de prédio onde funcionava a faculdade de medicina da Universidade Gama Filho — Foto: Cristina Boeckel/ g1
Ele acredita que os prédios deveriam ter sido cuidados antes.
“A minha expectativa é que sejam recuperados estes prédios que já estão invadindo. Que haja uma melhoria para as pessoas que vivem aqui. É uma área muito boa. A gente fica com pena desse abandono dos prédios, que lá no começo deveriam ter sido encampados pelo governo para não chegar a essa situação”, disse.
Vanderlei Pedro, que vive na área há 29 anos, acredita na melhora da região com a construção do parque.
“Eu acho muito bom. Acho que vai valorizar o bairro, que está largado. Aqui, à noite, é um perigo. Mas eu acho que vai valorizar”, disse o morador sobre o começo das obras.
Ele espera que o bairro volte a ser como antes.
“Antes tinha muito movimento, era cheio. Com carros dos alunos, o comércio. Agora acabou tudo deserto”, afirmou Vanderlei.
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Lanchonete e bares fecharam as portas após a Gama Filho ser desativada — Foto: Cristina Boeckel/ g1
A prefeitura ainda tenta a desapropriação dos 14 prédios que faltam para o complexo que fará parte do Parque Piedade. A previsão é que o projeto seja entregue na segunda quinzena de dezembro e que as obras comecem em 2023. Porém, ainda não há uma data definida para a entrega para a população da obra pronta.
“A Prefeitura do Rio conseguiu, após uma negociação com a massa falida, tomar posse desse primeiro prédio, que era da Medicina. A gente teve a desapropriação e está entrando para fazer a demolição. São 15 prédios que a gente precisa desapropriar para dar início ao Parque Piedade, que vai ser um local nos moldes do Parque Madureira, com cultura e recreação”, afirmou Diego Vaz, subprefeito da Zona Norte.
O projeto da prefeitura prevê uma horta urbana, para o plantio de alimentos para moradores e iniciativas da região, academia, área especial para cães, campo de futebol, pista de skate, academias, parque infantil e uma área de convivência e serviços.
Uma parte da estrutura da Universidade Gama Filho será aproveitada em um projeto em parceria com a Fecomércio. Teatro, cinema, quadras poliesportivas e a piscina olímpica também serão usados como áreas de lazer.
“A ideia é usar essa região como uma grande área de lazer não só para Piedade, como Quintino, Encantado e toda a Zona Norte”, disse Vaz.
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Planta inicial do que deverá ser o Parque Piedade, na Zona Norte do Rio — Foto: Cristina Boeckel/ g1
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