Novo premiê britânico deve ser escolhido agora por parlamentares do partido, que se mostra desunido

A primeira-ministra britânica Liz Truss anuncia sua renúncia, na frente do número 10 de Downing Street, em Londres, na Grã-Bretanha, em 20 de outubro de 2022 — Foto: REUTERS/Toby Melville 1 de 1 A primeira-ministra britânica Liz Truss anuncia sua renúncia, na frente do número 10 de Downing Street, em Londres, na Grã-Bretanha, em 20 de outubro de 2022 — Foto: REUTERS/Toby Melville

A primeira-ministra britânica Liz Truss anuncia sua renúncia, na frente do número 10 de Downing Street, em Londres, na Grã-Bretanha, em 20 de outubro de 2022 — Foto: REUTERS/Toby Melville

Liz Truss encerrou a quarta-feira, considerada um dos dias mais caóticos da política britânica, assegurando que era uma lutadora e não uma desistente. Esta convicção, contudo, foi atropelada pela velocidade com que o seu próprio partido a defenestrou, na manhã seguinte, a exemplo do que aconteceu anteriormente com os antecessores, Boris Johnson e Theresa May.

Ela sai humilhada, com o mandato mais curto da História moderna do país: 44 dias, contando os que foram totalmente preenchidos pela comoção em torno da morte da rainha Elizabeth II.

A queda da premiê é mais uma derrota amarga para o Partido Conservador, no poder há 12 anos. Ainda que um novo chefe de governo – o terceiro em um ano – esteja prometido para assumir o cargo até sexta-feira da próxima semana, dissipam-se as esperanças de que ele será capaz de unir a legenda a ponto de evitar uma eleição geral.

Questões como o Brexit, a relação com a Europa e o alto custo de vida, com inflação de 10% põem o país à deriva, com a porta aberta para a recessão, e evidenciam também a guerra aberta entre os conservadores, divididos em duas facções: a moderada e a ala mais à direita.

Os tories, como são conhecidos os parlamentares da legenda, tornaram insustentável a permanência da premiê, enviando cartas à Comissão 1922, que regula as regras eleitorais do partido, em número suficiente para afastá-la.

Agora é saber quem será o nome de consenso, que deve sair em tempo recorde, para comandar esta bagunça. Graham Brady, presidente da comissão, antecipou que, desta vez, a escolha deverá sair de um consenso no grupo parlamentar e não da base do partido. A disputa começou assim que Truss deixou o púlpito montado em frente à sede do governo, após desistir do cargo.

Estão cotados os nomes de Rishi Sunak e Penny Mordaunt, que ficaram em segundo e terceiro lugar na disputa com Truss, e o secretário de Defesa, Ben Wallace. E também o ex-premiê Boris Johnson, que segundo o “Times”, está pronto para entrar na corrida, 100 dias depois de ser engolido pelo partido – ele que se despediu do cargo com um “hasta la vista”.

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