Paulo Guedes volta a ser alvo de críticas do Centrão após dar munição para Lula na reta final

Paulo Guedes, ministro da Economia, sugeriu estender estado de calamidade em 2023 para pagar Auxílio Brasil de R$ 600 — Foto: Bruno Rocha/Enquadrar/Estadão Conteúdo 1 de 1 Paulo Guedes, ministro da Economia, sugeriu estender estado de calamidade em 2023 para pagar Auxílio Brasil de R$ 600 — Foto: Bruno Rocha/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Paulo Guedes, ministro da Economia, sugeriu estender estado de calamidade em 2023 para pagar Auxílio Brasil de R$ 600 — Foto: Bruno Rocha/Enquadrar/Estadão Conteúdo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a ser alvo de críticas pesadas do Centrão ao retomar a ideia da desvinculação do reajuste das aposentadorias e do salário mínimo da inflação, dando munição para o comitê de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na reta final da campanha.

Nos bastidores do comitê e do Palácio do Planalto, a avaliação foi que a equipe de Guedes "errou politicamente" ao trazer de volta para o debate uma proposta que já desgastou o governo no passado.

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Logo depois de ser publicada a informação da proposta de desvinculação do reajuste do salário mínimo e das aposentadorias do INSS do índice oficial da inflação, o ministro da Economia tentou corrigir o estrago, disse que o mínimo continuará sendo reajustado, mas admitiu que a proposta está em estudo.

O mesmo foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro. Ao ser questionado sobre o plano de Paulo Guedes, ele disse que era uma fake news a forma como a oposição está tratando o tema e garantiu que o salário mínimo continuará sendo reajustado, mas também admitiu que a ideia está em discussão.

Ele disse que não é verdade que não haverá aumento, mas que o reajuste ficará "indefinido", o que foi visto por sua equipe como um erro do presidente.

Nesta quinta-feira (20), ministros e líderes do Centrão reclamavam que Paulo Guedes, sempre que fala, acaba mais prejudicando a campanha do que ajudando.

"Tem vezes que ele tenta ajudar, mas acaba se atrapalhando e dá munição para o PT, como na questão do salário mínimo", disse um auxiliar do presidente. Um ministro foi mais ácido. “Bolsonaro deveria proibir o PG [como Paulo Guedes é citado dentro do governo] de falar até o final da eleição, ele só cria confusão”, reclamou.

Desde a divulgação da proposta e os comentários de Paulo Guedes e Bolsonaro sobre o tema, a equipe de Lula, liderada pelo deputado André Janones (Avante-MG), passou a explorar o assunto nas redes sociais.

Janones passou a divulgar que o salário mínimo e as aposentadorias, se Bolsonaro for reeleito, vão parar de ter reajuste. Nesta sexta-feira (21), Janones vai fazer uma transmissão ao vivo com o ex-presidente Lula para falar do assunto.

Lula vai lembrar que, durante o seu governo, o salário mínimo sempre teve aumento real, acima da inflação, enquanto no governo Bolsonaro o mínimo passou a ser reajustado apenas pela inflação do ano anterior.

A estratégia é tentar mostrar que Bolsonaro planeja congelar o salário mínimo para reduzir as despesas do governo federal para bancar as contas que ele está criando para o próximo ano.

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