'Máquina de destruição de valores democráticos', diz Lula sobre ataques de Roberto Jefferson a policiais federai

O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista em Juiz de Fora (MG) — Foto: Reprodução/YouTube Lula 1 de 1 O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista em Juiz de Fora (MG) — Foto: Reprodução/YouTube Lula

O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista em Juiz de Fora (MG) — Foto: Reprodução/YouTube Lula

O ex-presidente e candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, disse repudiou neste domingo (23) os ataques do ex-deputado Roberto Jefferson a policiais federais. Jefferson disparou contra os agentes que foram à casa dele cumprir o mandado judicial. Para Lula, uma "máquina de destruição de valores democráticos" em ação no país criou comportamento "como o que vimos hoje".

Lula também lamentou os xingamentos proferidos por Jefferson contra a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia. No fim da semana passada, Jefferson apareceu em um vídeo ofendendo a ministra. Ele estava cumprindo regime de prisão domiciliar.

Neste domingo, decisão do ministro Alexandre de Moraes, também do STF, revogou a prisão domiciliar e determinou prisão comum para Jefferson (veja mais abaixo os motivos apontados pelo ministro).

"Minha solidariedade ao delegado Marcelo Vilella e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira, feridos quando estavam apenas exercendo seu dever. Torcendo pela rápida recuperação. A democracia e a civilização vencerão a barbárie."

"As ofensas contra a Cármen Lúcia não podem ser aceitas por ninguém que respeita a democracia. Criaram na sociedade uma parcela violenta. Uma máquina de destruição de valores democráticos. Isso gera o comportamento como o que vimos hoje", afirmou Lula.

"Ninguém tem o direito de utilizar os palavrões contra uma pessoa comum, muito menos contra uma ministra da Suprema Corte", continuou o ex-presidente.

Na decisão que determinou a prisão de Jefferson, Moraes afirmou que houve “notórios e públicos descumprimentos” de decisões judiciais.

“No caso em análise, está largamente demonstrada, diante das repetidas violações, a inadequação das medidas cautelares (...), o que indica a necessidade de restabelecimento da prisão, não sendo vislumbradas, por ora, outras medidas aptas a cumprir sua função”, afirma o ministro.

Moraes citou outras condutas que, segundo ele, ensejaram a revogação da prisão domiciliar, entre elas, receber visitas e passar orientações a dirigentes do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), conceder entrevista e compartilhar fake news que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo e seus ministros. Segundo Moraes, a defesa não justificou os “notórios e públicos descumprimentos”.

Moraes também afirma que as condutas de Jefferson podem configurar novos crime, como “calúnia, difamação, injúria, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitar publicamente animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade, além da questão discriminatória presente no vídeo”.

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