Rússia acusa Ucrânia de preparar 'bomba suja'; países ocidentais dizem que alegação é falsa

Prédio residencial fica destruído após ataque da Rússia a Kiev, capital da Ucrânia — Foto: REUTERS/Gleb Garanich 1 de 1 Prédio residencial fica destruído após ataque da Rússia a Kiev, capital da Ucrânia — Foto: REUTERS/Gleb Garanich

Prédio residencial fica destruído após ataque da Rússia a Kiev, capital da Ucrânia — Foto: REUTERS/Gleb Garanich

Países ocidentais acusaram a Rússia nesta segunda-feira (24) de conspirar para usar a ameaça de uma bomba com material nuclear como pretexto para uma escalada na Ucrânia, ao mesmo tempo em que Moscou retirava civis de uma cidade do sul em antecipação a uma grande batalha.

Com as forças ucranianas avançando para a província de Kherson, ocupada pela Rússia, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, telefonou para colegas ocidentais no domingo para dizer a eles que Moscou suspeita que Kiev planeja usar a chamada "bomba suja".

Em um comunicado conjunto, os ministros das Relações Exteriores de França, Reino Unido e Estados Unidos disseram que todos rejeitaram as acusações e reafirmaram seu apoio à Ucrânia contra a Rússia.

Em um discurso durante a noite, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que a acusação russa era um sinal de que Moscou estava planejando tal ataque e culparia a Ucrânia.

"Então, quando hoje o ministro da Defesa russo organiza um carrossel telefônico e liga para os ministros das Relações Exteriores com histórias sobre a chamada bomba nuclear 'suja', todos entendem bem. Entendem quem é a fonte de tudo de sujo que pode ser imaginado nesta guerra."

A Rússia ordenou que civis saiam do território que controla na margem ocidental do rio Dnipro, onde as forças ucranianas estão avançando desde o início deste mês, logo após Moscou alegar ter anexado a área.

Uma derrota russa ali seria um dos maiores reveses de Moscou na guerra. A capital regional de Kherson é a única grande cidade que a Rússia capturou intacta desde a invasão em fevereiro, e seu único ponto de apoio na margem oeste do Dnipro, que corta a Ucrânia. A província controla a porta de entrada para a Crimeia, a península que a Rússia apreendeu e alegou ter anexado em 2014.

As autoridades russas instaladas em Kherson anunciaram na segunda-feira que os homens que ficarem para trás terão a opção de ingressar em uma unidade militar de autodefesa. Kiev acusa a Rússia de recrutar homens em áreas ocupadas em formações militares, um crime de guerra sob as Convenções de Genebra.

Nos últimos dias, a Ucrânia e a Rússia têm travado uma intensa batalha pelo controle da cidade, que as tropas de Kiev tentam retomar dentro de uma grande operação de reconquista de territórios no país.

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