Hospital do RJ apresenta problemas de infraestrutura; funcionários dizem que abandono pode provocar mortes
Alas inteiras de enfermarias e centros cirúrgicos fechados, redução do número de leitos, poucos profissionais, infiltração e mofo por toda parte, macas amontoadas no pátio e equipamentos sem condições de uso. Essa é a realidade do 💥️Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, no Maracanã, na Zona Norte do Rio. Segundo funcionários, os problemas de infraestrutura podem provocar mortes de pacientes na unidade de saúde.
Imagens obtidas com exclusividade pela equipe do 💥️RJ2 mostram que o hospital que já foi referência nacional no atendimento a pacientes com HIV na década de 1990, atualmente enfrenta desafios para se manter funcionando.
Nem mesmo a área externa do hospital universitário conta com os cuidados necessários. Bem perto da porta principal, é possível ver um poste de ferro amarrado a grades de duas janelas. Com a estrutura comprometida, o poste corre risco de cair.
De acordo com profissionais do hospital, três das oito enfermarias da unidade estão desativadas. Uma delas, inclusive, chegou a ser transformada em área de repouso dos enfermeiros.
1 de 1 Hospital do RJ apresenta problemas de infraestrutura — Foto: Reprodução TV GloboHospital do RJ apresenta problemas de infraestrutura — Foto: Reprodução TV Globo
Também estão trancadas três salas de cirurgias e 14 leitos do setor. Médicos dizem que houve uma redução de 90% nas cirurgias ortopédicas. Já o centro cirúrgico geral tem apenas metade das salas abetas, algumas em péssima situação.
Antes da pandemia, a unidade de saúde contava com 190 leitos. Atualmente, são 176 leitos ativos, segundo o Censo Público Hospital.
Além de todos os problemas, um cartaz chama atenção. Nele a Gerência de Atenção à Saúde informa que 💥️não há técnicos de infraestrutura à noite e nos fins de semana e que se houver pane em elevadores, compressores, vácuo e gases medicinais, é preciso ligar para zeladoria. 💥️O hospital não tem plantão interno para estas especialidades.
De acordo com funcionários, dessa maneira, vidas podem ser perdidas. Eles explicaram que, caso um paciente esteja sendo levado para o CTI e o elevador parar entre os andares, o acionamento da emergência seria demorado. O mesmo pode acontecer se houvesse dificuldades na distribuição de oxigênio para o CTI.
A unidade de saúde é ligada a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e é administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), órgão do Governo Federal.
Em entrevista ao 💥️RJ2, o médico 💥️João Marcelo Marcelo Alves, diretor da unidade, reconheceu parte dos problemas e culpou a falta de verbas pela situação. Segundo ele, O Hospital Universitário Gaffrée e Guinle precisaria de cerca de 💥️R$ 30 milhões em seu orçamento, mas esse ano recebeu apenas 💥️R$ 18 milhões.
O diretor também informou que esse ano priorizou investimentos nas áreas de assistência, como terapia intensiva, áreas de enfermagem, enfermaria, centro cirúrgico e maternidade, que, segundo ele, já foram corrigidas.
João Marcelo também disse que parte do hospital vai passar a funcionar em um novo prédio. Contudo, o médico não soube informar a data para essa inauguração.
"Como nosso térreo do hospital é uma área que vai ser transferida para um prédio novo, que há 20 dias nós acabamos de receber, nós priorizamos em utilizar os recursos para o projeto do novo prédio (...) e após essa transferência, toda essa área do térreo vai passar por reformas, inclusive com demolição de várias áreas que foram pedidas pelo corpo de bombeiros", explicou.
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