Pandemia freia aumento do número de empresas de alto crescimento no Brasil, aponta IBGE

Dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a pandemia freou a expansão do número das chamadas de empresas de alto crescimento no país.

Depois de dois anos seguidos de alta, em 2023 houve queda de 2,6% deste tipo de empreendimento no Brasil.

São consideradas empresas de alto crescimento aquelas que, por um período de três anos seguidos, têm crescimento médio anual de 20% do pessoal ocupado e tinham 10 ou mais assalariados no ano inicial da observação.

Os dados fazem parte da pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas do Empreendedorismo referentes a 2023, que apontou impacto negativo da pandemia maior sobre o mercado de trabalho que sobre o mercado empresarial no Brasil.

Ao final de 2023, o país registrava 24,4 mil empresas de alto crescimento, cerca de 600 a menos que no anterior - em 2023 elas somavam cerca de 25 mil.

Quase metade (46,6%) das empresas de alto crescimento ativas em 2023 se concentravam na Região Sudeste. A Região Sul ficava em segundo lugar no ranking, com 20,4%, seguida pela Nordeste, com 17,0%, Centro-Oeste, com 9,6%, e a Norte, com 6,4%.

Ainda de acordo com o levantamento, a participação das chamadas empresas “gazelas” no conjunto das empresas de alto crescimento se manteve praticamente estável em 2023 na comparação com 2023 – teve um ligeiro aumento de 11,2% para 11,4% no período.

As “gazelas” são as empresas de alto crescimento ainda jovens, com até 5 anos de existência.

O gerente da pesquisa destacou que, apesar da queda no número de unidades, no mesmo período houve alta de 8,3% no número de trabalhadores assalariados ocupados nos empreendimentos deste tipo que sobreviveram ao primeiro ano da pandemia.

Nas empresas “gazelas”, porém, houve queda de quase 1% na ocupação – encerraram 2023 com 212,4 mil ocupados, cerca de 1,9 mil a menos que no ano anterior, o terceiro pior nível desde 2008.

“Quem mais contribuiu para o aumento de pessoal assalariado foram as empresas com 250 ou mais assalariados. De 2023 para 2023, a participação dessas empresas subiu de 8,8% para 9,2% no total de empresas”, apontou o pesquisador Thiego Gonçalves Ferreira.

Ainda segundo o levantamento, de 2017 a 2023, enquanto o número de ocupados no conjunto das empresas com assalariados cresceu 13,2%, entre as empresas de alto crescimento a alta na ocupação chegou a 175,2%.

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