Parceiros diários de Susana Naspolini, Diógenes e Nunes lembram como era trabalhar com ela: ‘Uma família’
Toda vez que Susana Naspolini saía da redação da TV Globo com a van do RJ Móvel, dois fiéis escudeiros a acompanhavam na busca por soluções: o repórter-cinematográfico 💥️Diógenes Melquíades e o operador de áudio 💥️Anderson Nunes registravam todos os dias o carinho da repórter com a população e o amor que os personagens retribuíam.
"Eu perdi uma grande amiga, uma grande profissional. Fazia com o maior carinho o trabalho dela. Sempre atenciosa com as pessoas. Ela não deixava de dar atenção pra ninguém. 💥️A minha maior referência", contou o repórter cinematográfico Diógenes.
Já Anderson disse que a parceira levava esperança para as pessoas.
"Ela chegava, ela transmitia o amor como se ela estivesse passando por aquilo. Mas na verdade, não. Ela estava somente tentando ajudar essas pessoas e as pessoas viam isso de uma forma maravilhosa, tanto que tem um monte de mensagens e carinho pela rua. Isso mostra como era Susana Naspolini, uma 💥️pessoa especial e iluminada."
No final do RJTV desta quarta-feira (26), amigos da redação fizeram uma homenagem especial para Susana. O quadro RJ Móvel era exibido no telejornal💥️
Mais cedo, ao 💥️Bom Dia Rio, Anderson Nunes já tinha falado sobre a alegria e positividade da jornalista.
"Ela conseguia passar para a gente uma 💥️energia, uma 💥️positividade que a gente não acredita, por ela ter passado por todos esses problemas, pelo problema do câncer, por criar a filha sozinha no Rio de Janeiro. E mesmo assim ela passava isso para nós. Quando a gente saía no carro de reportagem, eu, Diógenes e Flávio (motorista), a mensagem que ela transmitia era isso, ela fazia com que a gente se comportasse como 💥️uma família."
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1 de 3 Susana Naspolini, Diógenes e Nunes: equipe unida no RJ Móvel — Foto: Reprodução
Susana Naspolini, Diógenes e Nunes: equipe unida no RJ Móvel — Foto: Reprodução
2 de 3 Nunes, Susana Naspolini e Diógenes — Foto: Reprodução/InstagramNunes, Susana Naspolini e Diógenes — Foto: Reprodução/Instagram
A missão da jornalista era dar voz à população que sofre diariamente com a ausência do poder público em áreas carentes.
"A gente rasgava esse Rio de Janeiro atrás de problemas, para ajudar as pessoas. Era isso que ela fazia. Hoje, a gente pode dizer que tem tios, primos em vários lugares do Rio de Janeiro. E o Rio de Janeiro hoje, realmente, ele acordou mais triste por causa dessa notícia da Susana. Mas tenho muita alegria por ter feito parte desse tempo com ela, foi muito bom. Foram mais ou menos nove anos e ela esteve presente no nascimento do meu filho, nos problemas de saúde que nós tivemos. Tudo que ela precisava da gente, a gente também estava pronto para atender. Isso fez com que a gente se aproximasse ainda mais, não era só uma equipe, era a família RJ Móvel, a gente tinha isso."
3 de 3 Susana Naspolini montagem — Foto: ReproduçãoSusana Naspolini montagem — Foto: Reprodução
O RJ Móvel, do RJ1, era quadro de jornalismo comunitário da primeira edição do jornal local do Rio de Janeiro. Na maior parte das vezes tratava de questões locais em áreas abandonadas pelo poder público 💥️
Com seu calendário de papel, Susana cobrava de representantes dos órgãos públicos uma data para a conclusão das melhorias. Anotava o dia e voltava com sua equipe para verificar se os problemas haviam sido resolvidos como prometido. Em caso negativo, regressava algumas semanas depois novamente, até que tudo fosse solucionado.
Susana Naspolini se envolvia com os entrevistados e com as pautas. Para mostrar uma ciclovia esburacada, por exemplo, andava de bicicleta – ou até de velocípede – pelo local. Tomava café e comia bolo com os moradores. Vestia sua bota para entrar em um córrego que precisava de dragagem. Dirigia carro por uma via cheia de lama. Subia em árvore, entrava no matagal. Tudo para mostrar a realidade do povo fluminense – que sempre a acolhia com carinho e alegria.
Por onde ia, era reconhecida e ouvia pedidos para que visitasse os locais para ajudar melhorar as condições da população.
Susana Naspolini morreu na terça-feira (25) em São Paulo, vítima de um câncer. A repórter era uma das mais populares da TV Globo no Rio, onde deixou sua marca por anos no quadro de jornalismo comunitário RJ Móvel, do RJ1.
Ao longo de seus 49 anos, Susana travou e venceu algumas lutas contra o câncer – sempre com muita fé e alto astral. Mas um tumor identificado pelos médicos na bacia se espalhou por outros órgãos e ela não resistiu.
Naspolini trabalhava no Grupo Globo desde 2002. Ganhou muita popularidade no Grande Rio devido à forma divertida de interagir com os moradores e cobrar as autoridades por soluções para os problemas comunitários. Conseguiu tornar popular um quadro de serviço, na maior parte das vezes de questões locais em áreas abandonadas pelo poder público.
Susana era viúva do jornalista Maurício Torres, que morreu em 2014. O casal teve a filha Júlia Naspolini, de 16 anos.
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