Nome de Susana Naspolini vai batizar praça e escola na Baixada Fluminense
Susana Naspolini — Foto: Reprodução
Dois municípios da Baixada Fluminense anunciaram nesta quarta-feira (26) que pretendem homenagear a jornalista Susana Naspolini, que morreu na terça-feira (25) em decorrência de um câncer, em suas instações.
Em Nova Iguaçu, Susana Vai batizar uma praça, que participou do quadro RJ Móvel, e que só agora vai ficar pronta. O lugar, que ganharia o nome do bairro, Praça do Cobrex, agora vai se chamar Praça Susana Naspolini.
Em um comunicado, a Prefeitura de Nova Iguaçu escreveu: "Muitas melhorias de nossa cidade têm o dedo de Susana Naspolini, e ela que foi ponte, em breve será monumento. A Praça do Cobrex vem aí e levará o seu nome. Obrigada por tudo, minha filha do coração".
Ela esteve na praça, no bairro Cobrex, por várias vezes. A população cobrava que o lugar, que antes estava coberto por lixo, ganhasse uma área de lazer. A evolução do local foi mostrada em novembro de 2017, com a presença do prefeito Rogério Lisboa.
2 de 2 gif_Naspolini — Foto: RJTVgif_Naspolini — Foto: RJTV
Já em Duque de Caxias, a repórter dará nome a uma creche municipal que está sendo construída em Campos Elísios – segundo distrito do município.
Segundo a prefeitura é uma forma de homenagear as inúmeras reportagens feitas por ela na cidade.
3 de 2 Susana Naspolini — Foto: Rede GloboSusana Naspolini — Foto: Rede Globo
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também prestou homenagem e escreveu “que Susana tinha sintonia total com a gente do Rio, e que era uma pessoa sinceramente preocupada com os problemas daqueles que mais precisam do poder público”.
O governador Cláudio Castro disse que recebeu com tristeza a notícia do falecimento da jornalista Susana Naspolini.
Naspolini trabalhava no Grupo Globo desde 2002. Ganhou muita popularidade no Grande Rio devido à forma divertida de interagir com os moradores e cobrar as autoridades por soluções para os problemas comunitários. Conseguiu tornar popular um quadro de serviço, na maior parte das vezes de questões locais em áreas abandonadas pelo poder público.
Com seu calendário de papel, cobrava de representantes dos órgãos públicos uma data para a conclusão das melhorias. Anotava o dia e voltava com sua equipe para verificar se os problemas haviam sido resolvidos como prometido. Em caso negativo, regressava algumas semanas depois novamente, até que o problema fosse solucionado.
Susana Naspolini se envolvia com os entrevistados e com as pautas. Para mostrar uma ciclovia esburacada, por exemplo, andava de bicicleta – ou até de velocípede – pelo local. Tomava café e comia bolo com os moradores. Vestia sua bota para entrar em um córrego que precisava de dragagem. Dirigia carro por uma via cheia de lama. Subia em árvore, entrava no matagal. Tudo para mostrar a realidade do povo fluminense – que sempre a acolhia com carinho e alegria.
"É o meu jeito de trabalhar, podem ou não gostar. Sou muito feliz fazendo, me sinto em casa. No outro dia, minha filha falou: ‘Mãe, sua blusa estava toda suada’. Respondi: 'Filha, estava gravando em Bangu, meio-dia, não vai ter suor?'. Tem suor, tem o cafezinho. Se eu tiver andando e tropeçar, vai entrar o tropeço. Se eu sentar na calçada pra falar com alguém, vai mostrar. Ah, esse ângulo tem mais sol do que o outro? Não tem problema, é ali que a gente está", disse em uma entrevista para o Memória Globo.
4 de 2 Susana Naspolini usa de bom humor para chamar atenção para problemas do Grande Rio — Foto: Reprodução/GloboSusana Naspolini usa de bom humor para chamar atenção para problemas do Grande Rio — Foto: Reprodução/Globo
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