Debate na Globo: Comentaristas do g1 e da GloboNews avaliam desempenho de Lula e Bolsonaro

Os candidatos à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) participaram nesta sexta (28) do último debate antes do segundo turno das eleições, marcado para este domingo (30).

Mediado por William Bonner, o encontro foi transmitido ao vivo pela 💥️TV Globo, g1, 💥️GloboNews e Globoplay.

Os comentaristas da Globonews Octavio Guedes, Natuza Nery, Miriam Leitão e Mônica Waldvogel destacaram as tensões acirradas no embate final entre Lula e Bolsonaro, marcado pela troca de xingamentos e acusações.

O colunista do g1 Octavio Guedes chamou o encontro de "antidebate" , com pouco efeito entre os brasileiros que pretendem votar nulo ou em branco.

De acordo com os levantamentos do Ipec e Datafolha – realizados em 24 e 27 de outubro, respectivamente – o índice de votos brancos e nulos era de 5%.

Veja, a seguir, a análise dos comentaristas:

"Eu acho que foi um 'antidebate'", definiu Octavio Guedes. "Não consigo ver um fato nesse debate para mudar o cenário eleitoral. Quem quer votar em branco e nulo talvez tenha tido até mais convicção."

Sobre o desempenho dos candidatos, Guedes destacou: "Bolsonaro dessa vez não conseguiu desestabilizar o Lula como em debates anteriores."

"Um debate tenso, com muitas caneladas", avalia Natuza Nery. A comentarista chamou atenção para os pontos fracos apontados entre os adversários.

Para Mônica Waldvogel, a troca de xingamentos fez com que o candidato Lula encurtasse as respostas como estratégia.

A comentarista Miriam Leitão destacou as mentiras ditas por Bolsonaro durante o debate.

"Lula foi mais emocional. Bolsonaro estava mais programado para criar carimbos", definiu Eliane Cantanhêde. Para a comentarista, o candidato do PT estava mais preparado e seguro do que no enfrentamento anterior.

Para Merval Pereira, não houve nenhum destaque no debate que justificasse uma mudança de voto do eleitor. O comentarista criticou o desempenho dos dois candidatos.

"Bolsonaro veio para esse debate para provocar Lula, tentando desestabilizar o ex-presidente como ele havia conseguido fazer em outros debates", avalia Valdo Cruz. Para o comentarista, Bolsonaro tentou aparentar tranquilidade, mas estava agitado.

Em entrevista ao Jornal da Globo neste sábado (29), Bolsonaro disse que vai respeitar o resultado das eleições – ganhando ou perdendo a disputa. Segundo a colunista Andréia Sadi, a declaração indica que o presidente está se desmentindo, uma vez que o relatório das inserções de rádio pretendia ser uma "bala de prata", mas se transformou em uma "bombinha de festa junina".

"No debate da Globo do primeiro turno, o candidato Padre Kelmon, que era essa linha auxiliar de Bolsonaro, conseguiu tirar Lula do sério", diz Flávia Oliveira.

Para Fernando Gabeira, a frase mais reveladora do debate foi de Bolsonaro, nos comentários finais, quando o presidente cometeu um ato falho e pediu votos para deputado.

Gabeira também avaliou o momento que o país vive. Segundo ele, o "processo político brasileiro que se degradou".

"O nível no Brasil está baixo. Isso é muito importante. Se fosse um debate entre o Fernando Henrique Cardoso e o Lula, daria um pouco a ideia dos momentos que a gente viveu nessa redemocratização. O nível caiu muito em relação a outros países. Evidentemente, nós podemos culpar o Bolsonaro por isso. Ele é o culpado disso. Mas também o Bolsonaro não é a única culpa disso. O Bolsonaro é um produto de um processo político brasileiro que se degradou também. E nós chegamos num nível que não está à altura do país."

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