Pacheco parabeniza Lula e Alckmin e diz esperar que possam exercer mandatos com 'dignidade', 'êxito&
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante entrevista após o resultado da eleição presidencial — Foto: Reprodução/TV Globo
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), parabenizou neste domingo (30) o presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e afirmou esperar que ambos possam exercer mandatos com "dignidade", êxito" e "espírito democrático".
O resultado da eleição foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57, quando 98,81% das urnas já tinham sido apuradas. Àquela altura, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Jair Bolsonaro (PL), que contabilizava os outros 49,17% de votos válidos. A diferença percentual a favor de Lula é a menor de um presidente eleito desde 1989.
Pacheco deu as declarações durante entrevista no Senado, cerca de duas horas depois de o TSE confirmar a vitória de Lula sobre o candidato do PL à reeleição.
"Cumprimento em especial o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice, Geraldo Alckmin. Desejo que a partir de janeiro de 2023, quando aqui estaremos a darmos posse aos eleitos, que possam exercer os seus mandatos com dignidade, êxito, espírito democrático, contribuindo para efetivas soluções dos problemas reais", declarou o presidente do Senado.
Ao longo do processo eleitoral, o parlamentar, que chegou a ser cotado como candidato do PSD ao Palácio do Planalto, não declarou apoio a nenhum dos candidatos.
Questionado sobre a postura de Bolsonaro, que até a última atualização desta reportagem não havia se manifestado publicamente sobre o resultado da eleição, Rodrigo Pacheco afirmou acreditar que o presidente reconhecerá que as eleições são "inquestionáveis".
O senador por Minas Gerais também disse esperar uma "transição" governamental "eficiente", "pacífica", "equilibrada" e "colaborativa".
Rodrigo Pacheco também pregou a "união" e a "pacificação" do país. "Basta ao ódio, à intolerância, ao desrespeito às divergências. Nós temos um país plural, diverso, e o exemplo dos mandatários, o exemplo das instituições é fundamental que sejam dados para que a sociedade brasileira possa se reunir novamente", afirmou.
O presidente do Senado disse que ainda não entrou em contato com Lula e Bolsonaro. "Devo fazer contato com ambos [Lula e Bolsonaro]. É inquestionável que o presidente Jair Bolsonaro é um líder nacional. A sua postura é algo que certamente contribuirá muito para esse processo de unificação e de pacificação do Brasil", disse.
Na entrevista, Rodrigo Pacheco foi questionado sobre qual avaliação faz dos dois primeiros governos Lula, de 2003 a 2010.
Pacheco afirmou que não acompanhou os mandatos do petista, de "dentro da política", mas que, "como cidadão" viu o período Lula como de "grande otimismo", "boas expectativas" e "bons números".
"O mundo, de certo modo, vivia um momento muito propício de evolução. E o que espero é que o presidente Lula assuma em 2023 buscando fazer um terceiro mandato melhor que os outros dois. A expectativa é que possa ser o melhor mandato possível", afirmou.
Rodrigo Pacheco também elogiou a condução do processo eleitoral pelo Tribunal Superior Eleitoral.
"[Quero prestar meu] reconhecimento à Justiça Eleitoral, que, sob comando do ministro Alexandre de Moraes, promoveu eleições e também que buscou dirimir os conflitos, impasses ao longo do processo eleitoral sempre com muita agilidade, impedindo que a insegurança jurídica contaminasse processo eleitoral", afirmou.
O presidente do Senado acompanhou a apuração na sede do TSE em Brasília. Por estar fora de Minas Gerais, onde tem domicílio eleitoral, o parlamentar não votou neste domingo.
"Eu tenho domicílio de trabalho em Brasília e, hoje, foi um dia de trabalho e considero a minha decisão certa em permanecer em Brasília presencialmente para que pudesse estar no Congresso Nacional e também no TSE em um momento sensível", afirmou.
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