Atos em rodovias após derrota de Bolsonaro fazem rodoviária de Campinas suspender vendas de passagens para RJ e cidades de SP
O terminal rodoviário de Campinas (SP) suspendeu na tarde desta segunda-feira (31) as vendas de passagens com destino ao Rio de Janeiro e para alguns municípios de São Paulo, segundo a concessionária Socicam. A medida ocorre por conta de reflexos provocados por atos em rodovias da região e de outras cidades contra o resultado das eleições 2022, após derrota de Jair Bolsonaro (PL).
"Devido às interdições em algumas rodovias pelo país, as viagens com partidas e chegadas pelo terminal rodoviário de Campinas podem ser prejudicadas. A venda das passagens rodoviárias para as cidades do Rio de Janeiro/RJ e algumas do interior de São Paulo estão temporariamente suspensas e as partidas para esses destinos estão paralisadas até que a situação se normalize", diz nota.
O 💥️g1 questionou a assessoria sobre quais municípios de São Paulo integram a lista de passagens suspensas e aguarda resposta. O terminal informou que as outras operações estão mantidas.
1 de 2 O terminal rodoviário de Campinas — Foto: Toninho Oliveira / Prefeitura de CampinasO terminal rodoviário de Campinas — Foto: Toninho Oliveira / Prefeitura de Campinas
Grupos bloqueiam trechos de pelo menos quatro rodovias na região de Campinas (SP) para protestar contra o resultado das eleições 2022, após derrota de Jair Bolsonaro (PL).
As manifestações ocorrem desde a tarde desta segunda-feira (31) na Anhanguera (SP-330), em Campinas (SP) e Louveira (SP); Bandeirantes (SP-348), em Hortolândia (SP); Adhemar Pereira de Barros (SP-340), em Mogi Mirim (SP), e Professor Zeferino Vaz (SP-332), em Artur Nogueira (SP).
As concessionárias responsáveis pelas estradas confirmam reflexos no trânsito, mas não há informações de feridos. Confira aqui detalhes sobre todas as manifestações.
A Confederação Nacional do Transporte (CNT), entidade de representação das empresas de transporte no Brasil, informou que se posiciona contra os atos. "A entidade respeita o direito de manifestação de todo cidadão, mas defende que ele seja exercido sem prejudicar o direito de ir e vir das pessoas."
Já a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) destacou que respeita o resultado soberano das urnas e considerou que a paralisação é uma ação antidemocrática de alguns segmentos que não representam a categoria dos caminhoneiros autônomos.
Em nota, a Polícia Militar informou que está direcionando equipes para locais com pontos de interdição provocados pelas manifestações com objetivo de liberar o fluxo. Já o Ministério Público em São Paulo (MP-SP) destacou que formou um núcleo com promotores de Justiça para investigar "em que circunstâncias estão ocorrendo os bloqueios" para contestar o resultado da eleição presidencial.
2 de 2 Ato na Rodovia Adhemar de Barros, em Mogi Mirim, após derrota de Bolsonaro — Foto: Roberto TorrecilhasAto na Rodovia Adhemar de Barros, em Mogi Mirim, após derrota de Bolsonaro — Foto: Roberto Torrecilhas
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