Silêncio de Bolsonaro sobre resultado da eleição estimula bloqueios, dizem associações de policiais rodoviários federais
Associações que representam policiais rodoviários federais afirmaram, nesta terça-feira (1º), que o "silêncio" do presidente Jair Bolsonaro sobre a derrota nas eleições presidenciais de 2022 dificulta "a pacificação do país e contribui para estimular os bloqueios feitos por caminhoneiros em estradas do país".
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Em nota, a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) e os Sindicatos dos Policiais Rodoviários Federais de todo o Brasil defendem o respeito ao resultado das eleições, que deu a vitória ao petista Luiz Inácio Lula da Silva, e dizem que estão cobrando "postura firme" da direção da PRF para o desbloqueio das estradas.
"O resultado das eleições de 2022 expressa a vontade da maioria da população e deve ser respeitado. A postura do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, em manter o silêncio e não reconhecer o resultado das urnas acaba dificultando a pacificação do país, estimulando uma parte de seus seguidores a adotarem ações de bloqueios nas estradas brasileiras", diz a nota das associações.
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1 de 1 Rodovia Castello Branco bloqueada na cidade de Osasco nesta terça-feira (1º) — Foto: ESTADÃO CONTEÚDO
Rodovia Castello Branco bloqueada na cidade de Osasco nesta terça-feira (1º) — Foto: ESTADÃO CONTEÚDO
Caminhoneiros bolsonaristas ocuparam trechos de rodovias em estados do país desde segunda-feira (31), em protesto contra a derrota de Bolsonaro.
Na noite de segunda, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Rodoviária Federal e as polícias militares dos estados tomem ações imediatas para desobstrução das vias ocupadas ilegalmente.
Moraes atendeu a um pedido da Confederação Nacional dos Transportes e do vice-procurador geral eleitoral.
O ministro também estipulou multa de R$ 100 mil por hora e eventual afastamento do cargo do diretor da PRF, Silvinei Vasques, em caso de descumprimento da ordem.
Moraes intimou Silvinei, o ministro da Justiça, Anderson Torres, todos os comandantes das polícias militares estaduais, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e os procuradores de Justiça dos estados para tomarem "as providências que entenderem cabíveis, inclusive a responsabilização das autoridades omissas".
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