MPRJ denuncia PM pela morte do marido; mulher confessou crime, mas permanece solta

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou uma oficial da Polícia Militar por matar o marido, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. A major Fabiana Pereira Ribeiro confessou o crime à Polícia Civil, mas segue solta.

O crime aconteceu em fevereiro deste ano, no Jardim Guanabara. Fabiana é major da PM e contou aos investigadores, inicialmente, que o marido, Luiz Alberto Muniz, tinha cometido suicídio na própria cama.

A TV Globo não conseguiu contato com Fabiana.

Porém, uma análise feita pelos peritos mostrou que os vestígios encontrados na pele da vítima não são os que, normalmente, estão presentes em quem tira a própria vida.

Com a versão de suicídio contestada pelos investigadores, Fabiana confessou à polícia que matou Luiz Alberto e alegou que sofria violência doméstica.

Em depoimento, ela contou que, em setembro do ano passado, Luiz Alberto já tinha apontado uma arma e disparado contra ela, mas a munição tinha falhado. E que, por medo dele, ela foi até a cama do casal e disparou contra a cabeça do companheiro, que estava acordado.

“Quando a polícia chega ao local, ela diz inicialmente que ele havia se suicidado. Foi o exame pericial, tanto cadavérico quanto exame do local, que desmentiu essa versão dela. E aí ela cria essa tese, que ela o matou porque ele estava a ameaçando. Ameaçando como, se ele estava dormindo quando foi alvejado? Inclusive, ele estava abraçado ao travesseiro. É o que o perito diz: é impossível você abraçar o travesseiro e efetuar um disparo de arma de fogo para se matar", disse o promotor Sauve Lai.

O MPRJ denunciou Fabiana por homicídio qualificado, por ter matado o marido enquanto ele dormia, sem possibilidade de defesa, e ainda pediu a prisão preventiva da major. Se for condenada, ela pode pegar entre 12 e 30 anos de cadeia.

A PM informou que a major Fabiana segue trabalhando e que está apurando o caso internamente. E que espera por uma decisão judicial.

“É importante porque ela é uma oficial da Policia Militar. Portanto, ela é uma funcionária que deveria servir e proteger a população, mais do que qualquer um, ela sabe que a solução não é fazer justiça com as próprias mãos, como ela alega que tinha sido ameaçada pelo marido. Não caberia a ela pegar uma pistola e matar o marido, quando não havia nenhum risco iminente grave, pois ele estava dormindo”, afirmou Lai.

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