PRF alega que agente cortou alambrado da rodovia em Guarulhos para viatura passar pelo local e nega que ação foi para apoiar bol

O inspetor Fernando Miranda, superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do estado de São Paulo, confirmou nesta terça-feira (1) que um agente da PRF cortou uma grade de proteção da Rodovia Hélio Smidt, em Guarulhos, que dá acesso ao Aeroporto de Cumbica, mas negou que a ação foi para apoiar os bolsonaristas que bloqueiam vias no estado.

O vídeo do momento está sendo amplamente divulgado nas redes sociais.

Segundo a PRF, dois manifestantes foram presos por não cumprirem ordens dos policiais, um em Guarulhos e outro em São José do Rio Preto. Os detidos vão responder por desobediência à ordem judicial.

"O que aconteceu? o pessoal do movimento pegou aquele momento em que o policial estava cortando para a passagem e retorno da viatura e falou que a Polícia Rodoviária Federal estava apoiando o movimento, isso não é verdade -- que a Polícia Federal esteja ao lado do movimento para colaborar com qualquer tipo de movimento que seja contra o que está na Constituição", continuou.

1 de 1 Inspetor Fernando Miranda, superintendente da PRF do estado de SP. — Foto: Reprodução/ Tv Globo

Inspetor Fernando Miranda, superintendente da PRF do estado de SP. — Foto: Reprodução/ Tv Globo

Miranda afirmou ainda que os vídeos estão sendo vinculados "colocados de determinada maneira como se a PRF fosse a favor de qualquer tipo de movimento que seja contrário aquilo que reza a Constituição e a legislação e que teja dentro das atribuições legais que nós estamos aqui para exercer".

Na coletiva, o inspetor informou também que já foram aplicadas 32 multas nos valores de R$ 5.800 a caminhões que estavam bloqueando as rodovias. Disse ainda, que se o indivíduo for "caracterizado como mobilizador" da ação e mostrar resistência, a multa sobre para R$ 17 mil, 20 dessas já foram aplicadas.

Até o momento, nenhuma multa foi aplicada no valor de R$ 100 mil, como determinada pelo STF. Atualmente, são 10 obstruções totais ou parciais no estado de São Paulo. Desde segundo, a PRF informou que desmobilizou 30 movimentos, 7 deles nesta terça.

Nesta terça, o governo de São Paulo enviou a Tropa de Choque da Polícia Militar para retirar os bolsonaristas de diversas vias do estado.

Em entrevista coletiva no final da manhã, o governador Rodrigo Garcia (PSDB), disse que a Polícia Militar atua nos protestos e não descartou o uso da força caso os manifestantes bolsonaristas insistam em permanecer nas vias.

Nesta segunda (31), o Ministério Público de SP constituiu um núcleo de atuação Integrada composto por membros da Promotoria de Justiça da Habitação e do Urbanismo da Capital e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para investigar em que circunstâncias estão ocorrendo os bloqueios.

Segundo Sarrubo, os manifestantes fazem parte de uma organização criminosa que está atentando contra o estado democrático de direito no Brasil.

Na manhã desta terça (1°), havia protestos na Castello Branco, na altura de Osasco, e no Rodoanel. A Regis Bittencourt permanece parcialmente interditada no km 280 a pista Norte.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, reforçou nesta terça-feira (1º) que as polícias militares dos estados podem desobstruir, inclusive, as estradas federais bloqueadas no país e identificar, multar e prender os responsáveis pelos bloqueios.

Segundo balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), há bloqueios em 227 rodovias federais. Desde o último domingo (30), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) passaram a impedir o fluxo em vias por todo o país contra o resultado das eleições.

Nesta segunda-feira, Alexandre de Moraes já havia determinado às polícias que adotassem as medidas necessárias para desbloquear as vias. A maioria dos ministros do STF já votou por manter a decisão.

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