Moradores de Parque Savoy City, na Zona Leste de SP, revelam insatisfação com construção de usina de compostagem no local

Moradores do Parque Savoy City, na Zona Leste da cidade de São Paulo, mostraram indignação quanto à decisão da Prefeitura de instalar uma usina de compostagem de lixo, em vez de uma área de lazer ou uma Unidade Básica de Saúde (UBS), em uma área na Avenida Alziro Zarur.

Desde 2005 que a Associação de Moradores do Bairro vem entrando em contato com a Prefeitura, que é proprietária do terreno, com sugestões, ofícios e abaixo-assinados.

De acordo com Aurelita Araújo da Silva, presidente da associação de moradores, a localidade, com mais de mil habitantes, precisa procurar UBSs em bairros vizinhos, que já não estão dando conta. A ideia de utilizar o local como um bolsão de transporte público, com melhor infraestrutura, ou uma área de lazer também são levantadas.

Porém, no mês passado, surgiu uma placa no terreno, indicando que a Prefeitura vai construir, no local, um pátio de compostagem, em uma obra orçada em mais de R$ 1,8 milhão.

A informação revoltou os moradores da região, que se preocupam, sobretudo, com o comércio local e com o mau cheiro que a unidade pode provocar.

"É uma área que temos churrascaria, temos pizzaria, tempos padaria, temos pet shop, temos academia... (O pátio) vai gerar desemprego, não adianta falar que não vai porque vai. Vai fechar restaurante, vai fechar padaria...", destaca Manasses Miranda, comerciante da região.

A advogada Kátia Regina Molina visitou outros pátios e disse que não gostou do que viu. "O cheiro realmente é muito forte. E o chorume que vaza dessas compostagens acaba prejudicando o meio ambiente, e o nariz da gente não resiste.

Na última quinta-feira (3), a vizinhança participou de uma reunião na Subprefeitura de Itaquera para entender o projeto, mas as dúvidas não foram esclarecidas.

"Essa luta parece uma conversa de telefone sem fio. A gente fala uma coisa e a prefeitura entende outra. A gente faz a solicitação e a gente não é atendido. Então a nossa queixa principal é não ser ouvido. A população gostaria de ser ouvida!", destacou a advogada.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que na área pública, além do pátio de compostagem, serão construídos ainda serviços integrados em benefício da população, como áreas de lazer, arborização e melhorias nas ruas.

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