Kiev faz planos de evacuar a cidade em caso de corte total de energia por bombardeios
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A catedral de Kiev mergulhada na escuridão durante um corte de eletricidade na capital após um ataque aéreo russo, em 31 de outubro de 2022 — Foto: AFP - SERGEI SUPINSKY
Na Ucrânia, a crise de eletricidade está piorando, a tal ponto que a capital Kiev faz planos de evacuar a cidade caso a situação piore nesse período frio do ano. Em comunicado na televisão ucraniana, o prefeito pediu que os habitantes se preparem para a possibilidade de um corte total de água e energia. "Isto não é uma guerra, isto é terrorismo e genocídio", afirmou Vitali Klitschko. "O objetivo [de Putin] é nos deixar congelar até a morte."
Evacuar mais de três milhões de pessoas em poucas horas é o pior cenário para o qual o município de Kiev se prepara caso a situação energética se deteriore repentinamente, segundo um plano publicado em reportagem do jornal norte-americano The New York Times.
Com a população enfrentando dias cada vez mais frios, as autoridades consideram que teriam doze horas para evacuar toda a capital caso um bombardeio destruísse o sistema de rede elétrica.
Atualmente a cidade já está com 40% de sua rede elétrica danificada, provocando cortes de energia durante longas horas em diversos bairros da cidade diariamente. A falta de energia perturba abastecimento de água e o descarte de esgoto, aumentando o risco de crise sanitária em uma cidade com milhões de habitantes.
A situação deve piorar. No sábado (5), a operadora estatal de eletricidade UkrEnergo anunciou novas restrições no abastecimento de eletricidade.
Para garantir a sobrevivência da população durante os cortes, a prefeitura prepara 1.000 abrigos aquecidos que poderão ser usados como bunkers por civis.
Com os últimos bombardeios russos mirando infraestruturas importantes, o prefeito de Kiev foi à televisão pedir à população que se prepare.
"Devemos considerar todas as alternativas. O destino de nosso país e de nossos cidadãos depende de nosso nível de preparação", disse o prefeito. "No caso de uma falha total no fornecimento de eletricidade e água, se você tiver família fora de Kiev que tenha sistemas independentes de aquecimento e água, considere a possibilidade de juntar-se a eles por algum tempo. Tente, na pior das hipóteses, encontrar uma solução para ficar com os amigos", pediu Vitali Klitschko.
“Isto não é uma guerra, isto é terrorismo e genocídio. Putin não precisa de nós ucranianos, o que ele quer é território, ele quer a Ucrânia sem nós. Seu objetivo é deixar-nos congelar até a morte, expulsar-nos de nossa terra para assumi-la", denunciou o prefeito da capital ucraniana. "Estamos fazendo tudo para evitar que isso aconteça. Mas sejamos honestos, nosso inimigo está fazendo de tudo para cortar o calor, a eletricidade e a água em nossa cidade. Eles querem que morramos. Conseguiremos aguentar se estivermos bem preparados.”
Bombardeio contra represaA Rússia também acusa os militares ucranianos de tentar atingir infraestruturas de água e eletricidade em áreas de ocupação russa. Neste domingo (6), um bombardeio danificou a represa de Kakhovka, no sul da Ucrânia, e provocou cortes de água e eletricidade da cidade de Kherson, conforme as autoridades de ocupação russas.
Pouco depois, as autoridades de ocupação informaram que o "ataque terrorista organizado pela parte ucraniana danificou três postes de linhas de alta tensão no eixo Berslav-Kakhovka" e que, por essa razão, "não há água nem eletricidade" na cidade de Kherson e em outros distritos da região.
A barragem de Kakhovka é responsável pelo abastecimento de água da península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.
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