Caso Gabriel Monteiro: cronologia da primeira denúncia até a prisão

Gabriel Monteiro — Foto: Fernado Frazão/Agência Brasil 1 de 1 Gabriel Monteiro — Foto: Fernado Frazão/Agência Brasil

Gabriel Monteiro — Foto: Fernado Frazão/Agência Brasil

O ex-PM e ex-vereador do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro foi preso nesta segunda-feira (7) na 77ª DP (Icaraí), após a Justiça decretar a prisão preventiva dele, devido a um processo em que responde por estupro. Na manhã desta terça-feira (7), ele passa por audiência de custódia em Benfica, na Zona Norte do Rio.

As denúncias contra o ex-vereador começaram em março e não param de surgir. Gabriel teve seu mandato cassado no dia 18 de agosto, após uma votação no plenário da Câmara, por quebra de decoro parlamentar.

Assédio sexual, moral e tentativa de estupro são algumas das acusações feitas contra ele. O ex-vereador também foi acusado de intimidações, agressões e de cometer crimes contra menores de idade.

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Em 27 de março, o Fantástico ouviu cinco pessoas que contaram ter vivido situações constrangedoras com o então deputado. Gabriel Monteiro foi acusado de assédio moral e sexual.

Além dessas acusações, a reportagem também mostrou que Gabriel chegou a forjar cenas de seus vídeos no YouTube, como tiroteios ou ajuda a uma criança carente, e expôs seus funcionários a outros tipos de assédio, além de cometer irregularidades no funcionamento de seu gabinete na Câmara Municipal.

No início de abril, o Fantástico revelou novas denúncias envolvendo o ex-PM. Outras três mulheres relatam histórias parecidas de relacionamentos consentidos que acabaram em violência.

Integrantes do Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do RJ se reuniram com representantes do Ministério Público para discutir as denúncias contra o ex-vereador.

Ex-membros da equipe do ex-vereador disseram que um ataque a tiros que ele alegou ter sofrido em Quintino, na Zona Norte do Rio, em 2023, foi forjado.

Os ex-assessores mudaram suas primeiras versões sobre o caso. Anteriormente, eles haviam dito que traficantes teriam atirado contra um carro utilizado pelo ex-vereador.

Os vereadores que integram o Conselho de Ética da Câmara do Rio votaram e decidiram por unanimidade abrir uma representação disciplinar contra o ex-parlamentar.

A Mesa Diretora da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro encaminhou a representação contra Monteiro para a Comissão de Constituição e Justiça da Casa. Esse foi o primeiro passo do processo, que poderia acabar em cassação do mandato do ex-PM por quebra de decoro.

Ainda em abril, Monteiro foi alvo de uma operação da Polícia Civil do RJ, dentro do inquérito sobre o vazamento de um vídeo íntimo de Gabriel fazendo sexo com uma adolescente de 15 anos. A gravação foi compartilhada no Twitter e no WhatsApp. Gabriel acusou ex-funcionários de vazá-la.

Ele foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por ter filmado as relações sexuais que teve com uma adolescente. No documento, o MP pediu que o parlamentar fosse condenado pelo crime.

A Promotoria de Justiça descreveu que o ex-vereador, "de forma livre e consciente, filmou através de telefone celular cena de sexo explícito" com uma adolescente que, na época, tinha 15 anos.

O vereador Chico Alencar (PSOL) foi sorteado relator da representação contra Gabriel Monteiro na Câmara do Rio.

O advogado Sandro Acácio Fraga Gramacho de Figueiredo afirmou em uma entrevista em uma rede social que estava deixando a defesa do ex-vereador. Segundo ele, a decisão foi do parlamentar para preservá-lo de recentes denúncias feitas.

A Comissão de Justiça e Redação da Câmara de Vereadores do Rio aceitou incluir mais duas denúncias na representação que pede a cassação de Gabriel Monteiro.

A primeira diz respeito a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio de um vídeo íntimo de Gabriel Monteiro com uma adolescente de 15 anos. A segunda é um outro vídeo em que o parlamentar aparece beijando o pescoço e acariciando uma menina de 10 anos.

Assim como a Comissão de Justiça e Redação, o Conselho de Ética da Câmara do Rio também rejeitou anular o processo disciplinar contra ele. O pedido foi feito pela própria defesa do parlamentar.

Ele passou à condição de réu depois que a Justiça aceitou a denúncia feita em abril pelo Ministério Público (MPRJ) por filmagem feita por ele de relações sexuais com uma adolescente.

Ao receber a acusação, o juiz em exercício Marcelo Almeida de Moraes Marinho, do VII Juizado da Violência Doméstica, afirmou que estão "presentes [na denúncia] pressupostos legais autorizadores do exercício do direito de ação penal".

O Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro decidiu permitir que o ex-vereador, no âmbito do processo disciplinar contra ele na Casa, possa contar indicar oito testemunhas de defesa.

Cercado por seguranças e usando um colete à prova de balas, Vinícius Hayden, ex-assessor do ex-vereador Gabriel Monteiro (PL), foi a primeira testemunha a prestar depoimentos ao Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio, sobre o processo disciplinar contra o parlamentar.

O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio vai ouviu os últimos depoimentos do processo contra Gabriel Monteiro.

Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara do Rio, que durou mais de duas horas, o ex-vereador falou sobre as acusações de estupro, assédio e por forjar vídeos na internet.

Segundo o presidente do colegiado, o vereador Alexandre Isquierdo, o parlamentar afirmou que não via problemas em oferecer dinheiro para pessoas que possam cometer crimes em vídeos na internet.

O Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou Monteiro por importunação sexual e assédio sexual no dia 14 de junho. A denúncia estava no âmbito de inquérito aberto pela Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá (Deam-Jacarepaguá) que investigava os crimes desde o final de março.

A Justiça do RJ aceitou denúncia do Ministério Público e tornou o ex-vereador réu por importunação sexual e assédio sexual. O processo corria em segredo de justiça.

O relator do processo Chico Alencar (PSOL), apresentou relatório que pedia a cassação do vereador por quebra de decoro parlamentar.

Por 48 votos a 2, a Câmara do Rio decidiu cassar o mandato de Gabriel Monteiro. Apenas Chagas Bola e o próprio Gabriel votaram contra a perda de mandato. Os vereadores entenderam que mesmo sem uma condenação, Monteiro deveria ser cassado por quebra de decoro parlamentar.

Foi publicada no Diário Oficial da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro a cassação do ex-parlamentar.

A perda do mandato de Monteiro se deu por quebra de decoro parlamentar por causa de acusações de estupro, assédio sexual e vídeos forjados para a internet.

Monteiro foi preso após se apresentar na 77ª DP (Icaraí). A Justiça do Rio decretou a prisão preventiva dele, nesta segunda-feira (7).

A prisão é relativa a uma denúncia de crime que teria acontecido em julho, já depois de outras denúncias contra o ex-PM virem à tona.

Uma estudante de 23 anos afirma que conheceu Gabriel em uma boate e que foi à casa de um amigo de Monteiro. Segundo a vítima, no local, Gabriel teria a constrangido a fazer sexo com ele, com violência, passando uma arma no seu rosto, empurrando-a na cama, segurando seus os braços e dando tapas na cara da vítima.

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