Ibovespa fecha em alta com novo governo e eleições nos EUA no radar

Ibovespa — Foto: Freepik 1 de 1 Ibovespa — Foto: Freepik

Ibovespa — Foto: Freepik

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em alta nesta terça-feira (8), recuperando parte das perdas da véspera. No radar dos investidores ao longo do dia, esteve a transição para a gestão Lula e as eleições para a Câmara dos Representantes e o Senado dos Estados Unidos.

O indicador fechou o dia em alta de 0,71%, a 116.160 pontos. Veja mais cotações.

As ações da Vale foram destaque de alta, subindo mais de 3%, em meio à alta dos preços do minério de ferro.

Com o resultado, a bolsa acumula queda de 1,69% na semana. No mês, o resultado passou para o terreno positivo, com alta de 0,10%, enquanto no ano o Ibovespa sobe 10,81%.

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O principal evento do dia foram as eleições de meio de mandato nos EUA, que têm esse nome justamente porque acontecem na metade do mandato de quatro anos do presidente do país, cargo atualmente ocupado por Joe Biden.

Essas eleições renovam a Câmara dos Deputados americana, além de um terço do Senado. Para Biden, é importante que o seu partido, o Democrata, conquiste a maioria dos votos para que suas propostas de governo sejam mais facilmente aprovadas.

No entanto, historicamente quem sai vitorioso dessas eleições de meio de mandato é o partido de oposição ao governo de turno. Hoje, a oposição é feita pelo Partido Republicano, do ex-presidente Donald Trump. Pesquisas eleitorais apontam uma vitória apertada da oposição, mas o resultado segue incerto, o que adiciona volatilidade aos mercados.

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Nos EUA, também segue a expectativa pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro, que será divulgado na quinta-feira (10). O indicador reflete a inflação oficial do país e serve como um farol para o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) calibrar suas medidas de política monetária.

A principal forma que os bancos centrais têm de controlar a inflação é a elevação das taxas de juros, o que já vem acontecendo nos EUA. Na semana passada, o Fed elevou os juros em mais 0,75 ponto percentual, a um patamar entre 3,75% e 4,00% ao ano, e indicou que, nos próximos meses, outros aumentos de menor magnitude virão.

Quanto maiores são os juros nos EUA, maior é o rendimento dos títulos públicos americanos - que são considerados os mais seguros do mundo. Assim, se as taxas sobem por lá, a tendência é que os investidores retirem suas reservas de ativos de risco, como o moeda brasileira, e coloquem nos títulos que oferecem menos risco por um retorno atrativo, favorecendo o dólar.

No Brasil, o cenário político segue a ditar o rumo dos negócios. Internamente, as expectativas giram em torno do anúncio de quem estará na equipe de transição. O mercado também aguarda a definição de quem ocupará os ministérios no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, com destaque para as pastas mais ligadas à Economia.

Investidores e analistas esperam indicações mais alinhadas ao centro ou centro-direita do que nomes da esquerda, explica Josian Teixeira, gestor de portfólio da Lifetime Asset Management. "Nomes mais à esquerda podem pesar contra o real", afirma.

O economista Alvaro Feris, especialista de investimentos da Rico, avalia que os investidores estão cautelosos "com temor em relação ao risco fiscal, atenção para os desdobramentos da PEC que busca viabilizar o auxílio de R$ 600,00, além de outras propostas com potencial inflacionário", diz.

Mais cedo, o IBGE divulgou que a produção industrial caiu em 12 dos 15 estados pesquisados.

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