Após vitória, PT prioriza ação no TSE para afastar Bolsonaro e 'sombra de Trump' em 2026

Donald Trump e Jair Bolsonaro durante um jantar no Mar a Lago, nos Estados Unidos, em 7 de março de 2023 . — Foto: Alan Santos/Presidência via AFP 1 de 1 Donald Trump e Jair Bolsonaro durante um jantar no Mar a Lago, nos Estados Unidos, em 7 de março de 2023 . — Foto: Alan Santos/Presidência via AFP

Donald Trump e Jair Bolsonaro durante um jantar no Mar a Lago, nos Estados Unidos, em 7 de março de 2023 . — Foto: Alan Santos/Presidência via AFP

Após derrotar Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, o PT vai insistir em tornar o presidente inelegível para evitar que ele ressurja como uma força política competitiva em 2026, semelhante ao que acontece nos Estados Unidos com Donald Trump .

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Para tanto, o caminho principal é a ação em que a chapa de Lula e Geraldo Alckmin (PSB) acusa Bolsonaro, seu filho Carlos e outros assessores de operar um "ecossistema de desinformação" para manipular os eleitores e influenciar o resultado do pleito de 2022 de forma ilegal.

A queixa, uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), foi apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições.

A partir dela, em 18 de outubro, o corregedor da Corte, ministro Benedito Gonçalves determinou:

O TSE ainda não decidiu, porém, se aceita o pedido final: cassar os registros eleitorais dos investigados e torná-los inelegíveis por 8 anos.

Bolsonaro inclusive, mas não só. Na ação, a campanha do PT arrolou nomes de bolsonaristas de grosso calibre, e que podem ter papel nas eleições de 2026, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Ricardo Salles (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP), que estão entre os deputados federais mais votados do país em 2022, e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) – cujo mandato se encerra daqui a 4 anos.

Com relação a Donald Trump, a preocupação do PT surge diante da força exibida pelo ex-presidente dos Estados Unidos – de quem Bolsonaro é um admirador assumido – mesmo após ter sido derrotado na busca por um segundo mandato à frente da Casa Branca.

O republicano, que assim como o presidente brasileiro é acusado de usar a mentira como método de convencimento dos eleitores e é suspeito de estimular atos antidemocráticos para subverter o resultado das urnas, mergulhou de cabeça nas eleições para o Congresso americano, que ocorrem nesta semana.

Embora nada esteja definido, de acordo com as últimas pesquisas, os republicanos têm boas chances de conquistar entre 10 e 25 novas cadeiras na Câmara, mais do que suficiente para consolidar uma maioria na Casa, e também parecem ter vantagem no Senado.

Caso esse cenário se confirme, Trump pode sair fortalecido para tentar voltar em 2024.

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