Equipe de transição: veja os nomes confirmados

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta quarta-feira (16) novos nomes que irão integrar as equipes técnicas do governo de transição. No total, até o momento, quase 300 pessoas foram confirmadas como membros.

Alckmin já divulgou os integrantes de 30 grupos técnicos. Os grupos são:

Inicialmente, o gabinete de transição havia informado, no último dia 8, que a estrutura dos trabalhos contaria com 31 grupos técnicos. Nos últimos dias, no entanto, duas novas áreas foram criadas e já tiveram membros anunciados: juventude e comunicação social.

Entre os nomes que integram oficialmente a transição do governo Lula estão o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, a culinarista Bela Gil, a professora e irmã de Marielle, Anielle Franco, e o ex-jogador de futebol Raí.

Por lei, o governo eleito tem direito a 50 cargos remunerados para a transição, porém também atuar pessoas de forma voluntária. Segundo Alckmin, até esta quarta, somente 14 pessoas foram nomeadas com remuneração.

Por parte do atual governo, a transição está sendo feita pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Segundo a assessoria de imprensa do gabinete de transição, restam nomear ainda os integrantes dos grupos de trabalho da defesa; inteligência estratégica; e centro de governo. A expectativa é que os nomes sejam conhecidos ainda nesta semana.

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💥️Veja, a seguir, os nomes confirmados até agora para a equipe de transição do governo Lula e, ao fim da reportagem, os perfis dos principais deles:

Entenda o que é e como funciona a equipe de transição de governo

Alckmin durante evento com equipe de transisção nesta quinta-feira (10). Meias com bolinhas brancas chamaram a atenção — Foto: Sergio Lima/AFP 1 de 14 Alckmin durante evento com equipe de transisção nesta quinta-feira (10). Meias com bolinhas brancas chamaram a atenção — Foto: Sergio Lima/AFP

Alckmin durante evento com equipe de transisção nesta quinta-feira (10). Meias com bolinhas brancas chamaram a atenção — Foto: Sergio Lima/AFP

Alckmin foi eleito vice-presidente na chapa de Lula e será o coordenador da equipe de transição. Atualmente no PSB, ele foi filiado por mais de 30 anos ao PSDB.

Formado em medicina pela Universidade de Taubaté (Unitau), com pós-graduação na área de Anestesiologia, Alckmin ingressou na política há 50 anos.

No Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, ganhou notoriedade ao comandar o estado por 14 anos (2001 a 2006 e 2011 a 2018). Ele se tornou o político que por mais tempo governou São Paulo desde a redemocratização.

Na primeira semana do governo de transição, Alckmin esteve em Brasília e participou de uma reunião fechada com o presidente Jair Bolsonaro.

Floriano Pesaro disputou prévia do PSDB para governo de SP — Foto: Reprodução/TV Globo 2 de 14 Floriano Pesaro disputou prévia do PSDB para governo de SP — Foto: Reprodução/TV Globo

Floriano Pesaro disputou prévia do PSDB para governo de SP — Foto: Reprodução/TV Globo

Coordenador-executivo do governo de transição, o ex-deputado federal Floriano Pesaro atualmente é filiado ao PSB.

Pesaro também já foi filiado ao PSDB e atuou como secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo na gestão de José Serra. Também foi secretário estadual quando Geraldo Alckmin governou São Paulo.

Convidadas de Lula ao debate, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, e Janja, esposa do ex-presidente, assistem ao debate no estúdio da Globo — Foto: Stephanie Rodrigues/g1 3 de 14 Convidadas de Lula ao debate, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, e Janja, esposa do ex-presidente, assistem ao debate no estúdio da Globo — Foto: Stephanie Rodrigues/g1

Convidadas de Lula ao debate, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, e Janja, esposa do ex-presidente, assistem ao debate no estúdio da Globo — Foto: Stephanie Rodrigues/g1

Reeleita deputada federal neste ano, Gleisi comandou a campanha vitoriosa de Lula ao Planalto. Antes, foi senadora entre 2011 e 2023 e ministra-chefe da Casa Civil do primeiro governo Dilma Rousseff.

Ela foi uma das interlocutoras do agora presidente eleito durante o tempo em que ele esteve preso, além de ter sido um dos nomes mais engajados na campanha pela soltura de Lula.

O coordenadores da transição, Aloizío Mercadante e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann durante coletiva do vice-presidente eleito e coordenador da Transição, Geraldo Alckmin — Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil 4 de 14 O coordenadores da transição, Aloizío Mercadante e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann durante coletiva do vice-presidente eleito e coordenador da Transição, Geraldo Alckmin — Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O coordenadores da transição, Aloizío Mercadante e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann durante coletiva do vice-presidente eleito e coordenador da Transição, Geraldo Alckmin — Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Aloizio Mercadante será coordenador do grupo técnico do gabinete. Ex-senador, Mercadante coordenou o programa de governo de Lula na campanha deste ano.

Nos governos Dilma Rousseff (2011-2016), Mercadante comandou três ministérios: Ciência e Tecnologia; Educação; e Casa Civil.

A futura primeira-dama, Janja Silva, ao lado do presidente eleito — Foto: Fábio Tito/g1 5 de 14 A futura primeira-dama, Janja Silva, ao lado do presidente eleito — Foto: Fábio Tito/g1

A futura primeira-dama, Janja Silva, ao lado do presidente eleito — Foto: Fábio Tito/g1

Futura primeira-dama do Brasil, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, irá coordenar os preparativos da posse presidencial e será a responsável pelas decisões da cerimônia de 1º de janeiro.

Com MBA em gestão social e sustentabilidade, ela atuou como coordenadora de programas voltados ao desenvolvimento sustentável na hidrelétrica de Itaipu, onde ingressou em 2005.

O economista André Lara Resende, ex-presidente do BNDES no governo de FHC — Foto: Bel Pedrosa/Divulgação 6 de 14 O economista André Lara Resende, ex-presidente do BNDES no governo de FHC — Foto: Bel Pedrosa/Divulgação

O economista André Lara Resende, ex-presidente do BNDES no governo de FHC — Foto: Bel Pedrosa/Divulgação

André Lara Resende foi um dos idealizadores do Plano Real – um programa de reformas, lançado em 1994, que teve o objetivo de estabilizar a economia brasileira.

Diretor do Banco Central em 1993, chefiou a renegociação da dívida externa no governo Itamar Franco. Em 1998, assumiu a Presidência do BNDES, no governo Fernando Henrique Cardoso.

Também já integrou membro do Conselho Consultivo Internacional do Itaú. Na campanha presidencial de 2018, Lara Resende foi assessor econômico de Marina Silva (Rede).

Ele se formou em ciências econômicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e obteve PhD em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Persio Arida (Gnews) — Foto: Reprodução/GloboNews 7 de 14 Persio Arida (Gnews) — Foto: Reprodução/GloboNews

Persio Arida (Gnews) — Foto: Reprodução/GloboNews

É também um dos idealizadores do Plano Real. Pérsio Arida formou-se em economia em 1975, pela Universidade de São Paulo (USP) e, em 1992, fez doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

Durante a ditadura militar, participou de movimentos clandestinos de oposição. Chegou a ser preso e torturado em 1970 por fazer parte da Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares (VAR-Palmares).

Em 2018, Arida foi coordenador do programa econômico de Geraldo Alckmin na disputa presidencial. Naquele momento, entre outros pontos, defendeu privatizações de empresas estatais.

Ele também foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre 1993 e 1994, e do Banco Central, em 1995. Já foi sócio dos bancos BTG e Opportunity e membro do conselho do Unibanco.

O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil 8 de 14 O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Foi ministro da Fazenda entre o fim de 2015 e os primeiros meses de 2016, no governo Dilma Rousseff. Antes, foi ministro do Planejamento.

É considerado de perfil mais técnico do que político e já fez manifestações contra o teto de gastos – mecanismo aprovado no governo Michel Temer que prevê que as despesas do governo não podem crescer mais que a inflação.

Barbosa tem graduação e mestrado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e PhD pela New School for Social Research.

Antes de ser ministro, ocupou três secretarias no Ministério da Fazenda: de Acompanhamento Econômico (2007-2008), de Política Econômica (2008-2010) e Executiva (2011-2013), quando o ministro era Guido Mantega.

Antes disso, também ocupou cargos no Ministério do Planejamento e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Senadora e terceira colocada no primeiro turno, Simone Tebet (MDB) estava ao lado de Lula no discurso da vitória do presidente eleito — Foto: Fábio Tito/g1 9 de 14 Senadora e terceira colocada no primeiro turno, Simone Tebet (MDB) estava ao lado de Lula no discurso da vitória do presidente eleito — Foto: Fábio Tito/g1

Senadora e terceira colocada no primeiro turno, Simone Tebet (MDB) estava ao lado de Lula no discurso da vitória do presidente eleito — Foto: Fábio Tito/g1

A senadora Simone Tebet (MDB) atuará na área de Desenvolvimento Social durante a transição de governo.

Tebet disputou a Presidência da República pela primeira vez neste ano e ficou em terceiro lugar ao obter 4,9 milhões de votos (4,1%). Tebet ficou à frente de candidatos como Ciro Gomes (PDT), Felipe D'Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil).

No 2º turno, a senadora apoiou Lula e acompanhou o então candidato em diversas agendas pelo país.

Ana Moser, blumenauense e personalidade do voleibol, carrega a tocha olímpica — Foto: Fernando Vidotto/Globoesporte.com 10 de 14 Ana Moser, blumenauense e personalidade do voleibol, carrega a tocha olímpica — Foto: Fernando Vidotto/Globoesporte.com

Ana Moser, blumenauense e personalidade do voleibol, carrega a tocha olímpica — Foto: Fernando Vidotto/Globoesporte.com

Medalha de bronze nas Olímpiadas de Atlanta, em 1996, Ana Moser é presidente do Instituto Esporte e Educação, uma organização sem fins lucrativos que desenvolve capacidades esportivas em crianças e adolescentes em situação vulnerável.

Em 2009, Ana foi eternizada ao entrar para o seleto Hall da Fama do Vôlei.

Bela Gil em ato em defesa da democracia, em São Paulo — Foto: Celso Tavares/g1 11 de 14 Bela Gil em ato em defesa da democracia, em São Paulo — Foto: Celso Tavares/g1

Bela Gil em ato em defesa da democracia, em São Paulo — Foto: Celso Tavares/g1

Bela Gil é culinarista, apresentadora e vice-presidente do Instituto Brasil Orgânico (IBO). Ela é mestre em Ciências Gastronômicas pela Universidade de Ciências Gastronômicas da Itália.

Em 2018, participou, por meio da Sociedade Vegetariana Brasileira, da discussão sobre um cardápio escolar sustentável nas escolas da prefeitura de São Paulo.

Filha do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, Bela participou ativamente da campanha de Lula à Presidência.

A irmã da vereadora assassinada Marielle Franco, Anielle Silva (esq.) — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados 12 de 14 A irmã da vereadora assassinada Marielle Franco, Anielle Silva (esq.) — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

A irmã da vereadora assassinada Marielle Franco, Anielle Silva (esq.) — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Mestranda em relações étnico-raciais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Anielle Franco é professora de inglês e ativista de direitos humanos. Ela dirige o Instituto Marielle Franco, o qual leva o nome da irmã assassinada em março de 2018.

Anielle também é bacharel em jornalismo e em inglês pela Universidade Central da Carolina do Norte, bacharel-licenciada em inglês/literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), mestre em jornalismo e em inglês pela Universidade da Flórida A&M.

Margareth Menezes — Foto: Rodrigo Rosenthal 13 de 14 Margareth Menezes — Foto: Rodrigo Rosenthal

Margareth Menezes — Foto: Rodrigo Rosenthal

Com mais de 30 anos de carreira, Margareth Menezes começou a cantar após abandonar a atuação nos anos 1980. Margareth se consagrou como um dos símbolos do afro-pop-brasileiro, chegando a ser mencionada pela imprensa internacional como a "Aretha Franklin brasileira".

Em 2023, foi escolhida como uma das 100 personalidades negras mais influentes do mundo pelo MIPAD (Most Influential People of African Descent).

Campeão mundial pela Seleção Brasileira em 1994, Raí é rmão do ex-jogador do Corinthians Sócrates — Foto: Reprodução 14 de 14 Campeão mundial pela Seleção Brasileira em 1994, Raí é rmão do ex-jogador do Corinthians Sócrates — Foto: Reprodução

Campeão mundial pela Seleção Brasileira em 1994, Raí é rmão do ex-jogador do Corinthians Sócrates — Foto: Reprodução

Ex-jogador de futebol e campeão mundial pela Seleção Brasileira em 1994, Raí participou do conselho de administração do clube no qual ganhou fama, o São Paulo.

Ele também é fundador da “Gol de Letra”, uma organização sem fins lucrativos que promove a capacitação de crianças e adolescentes em comunidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Irmão do ex-jogador do Corinthians Sócrates, Raí declarou apoio à campanha de Lula ao entregar um prêmio que levava o nome do irmão, na França.

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