Inflação nos EUA sobe 0,4% em outubro e acumula alta de 7,7% em 12 meses
Inflação nos EUA está nos maiores níveis em décadas — Foto: Getty Images
A inflação nos Estados Unidos subiu 0,4% em outubro, de acordo com dados do Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira (10). Em 12 meses, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) acumula alta de 7,7%, contra a variação positiva de 8,2% registrada em setembro.
Segundo o órgão, a taxa em 12 meses teve o 💥️menor aumento em 12 meses desde o período encerrado em janeiro de 2022.
O resultado foi mais ameno que as expectativas de mercado para a inflação americana, o que pode fazer o Federal Reserve (Fed) aliviar a subida de juros no país. 💥️Economistas ouvidos pela Reuters esperavam alta de 8% nos 12 meses terminados em outubro.
O CPI é a medida da variação média ao longo do tempo dos preços pagos pelos consumidores urbanos em uma cesta de bens e serviços de consumo.
A inflação americana voltou a ser pressionada pelos preços de energia (1,8%) depois de três meses de queda, com destaque para a gasolina (4%) e diesel (19,8%). Em 12 meses, o índice de energia aumentou 17,6%.
O índice de alimentos desacelerou e registrou aumentou 0,6% em outubro, após um aumento de 0,8% em setembro. 💥️Foi o menor aumento mensal desse índice desde dezembro de 2023. Em 12 meses, a alta é de 10,9%.
Já o núcleo da inflação, que une todos os itens exceto alimentos e energia, subiu 0,3% em outubro, após um aumento de 0,6% em setembro. Na janela de 12 meses, teve alta de 6,3% nos últimos 12 meses.
Na semana passada, o Federal Reserve aumentou novamente a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual, mas sinalizou que futuros aumentos podem ser menores por conta do "aperto acumulado da política monetária" até agora. A decisão deixou a taxa de juros em uma faixa entre 3,75% e 4%.
O órgão considera que o impacto do rápido ritmo de aumento de juros ainda está em evolução e há um desejo de acertar um nível para os juros "suficientemente restritivo para levar a inflação a 2% ao longo do tempo".
"Ao determinar o ritmo de aumentos futuros, o Comitê (Federal de Mercado Aberto) levará em conta o aperto acumulado da política monetária, a defasagem com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação, e acontecimentos econômicos e financeiros", disse o banco central dos EUA.
A linguagem o perigo de que grandes aumentos contínuos dos juros possam estressar o sistema financeiro ou desencadear uma recessão. Apesar de a inflação permanecer mais de três vezes maior que a meta de 2%, o Fed está agora em uma fase de "ajuste fino".
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