Estado de SP tem aumento de 56% em internações em UTI por Covid em duas semanas, e governo paulista emite alerta
O estado de São Paulo registrou nesta quinta-feira (10) um aumento de quase 56% nas internações por Covid-19 em unidades de tratamento intensivo (UTI) nas últimas duas semanas.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, o número de pacientes internados passou de 288 para 448.
A ocupação de enfermarias por pacientes com a doença no estado passou de 555 pacientes para 832, uma alta de 49,9% no mesmo período.
1 de 1 Homem em atendimento médico para quadro grave da Covid-19 em UTI, em dezembro de 2023. — Foto: Amanda Perobelli/ReutersHomem em atendimento médico para quadro grave da Covid-19 em UTI, em dezembro de 2023. — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
O aumento, segundo a pasta, se deve ao cenário de que as coberturas vacinais com doses de reforço caminham muito lentamente no estado.
Na Grande São Paulo, a ocupação de enfermarias por pacientes com a doença registrou alta ainda maior, de 81%, passando de 364 vagas ocupadas para 660. Em UTIs, o crescimento foi de 65% (passou de 215 para 355 pacientes internados).
O secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, David Uip, destacou que "os paulistas precisam ser completamente vacinados".
"Se nós pegarmos quem não tomou a primeira dose de reforço, quem não tomou a segunda dose de reforço e as crianças que não foram vacinadas, totalizamos 17 milhões de paulistas. Então, a primeira recomendação é que, por favor, se vacine. Segunda recomendação da secretaria é que as pessoas voltem a usar máscara em ambientes fechados, inclusive transporte público. Isso não vai virar decreto, mas é recomendação. Terceiro ponto, nós, Brasil, São Paulo, precisamos ter os novos medicamentos antivirais, que são, por via oral, eficazes, que vão evitar internações. Então são recomendações óbvias que precisam ser revistas", afirmou Uip.
Segundo a infectologista Mirian Dal Ben, pessoas que tenham risco maior de pegar a forma mais grave da Covid devem considerar o uso de máscara para se proteger do vírus. "Se eu sou uma pessoa que convivo com alguém do grupo de risco, com doença de base, também tenho que tomar mais cuidado. E o outro lado também: se eu sou uma pessoa que está com algum sintoma de Covid, dor de garganta leve, nariz escorrendo, mesmo espirros, eu tenho que colocar a mão na consciência e também usar máscara pra eu não contaminar os outros. a gente tem visto muitas pessoas com sintomas bem fraquinhos assim, espirros, e, no final das contas, é Covid".
Na capital paulista, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) registrou na semana epidemiológica de 30 de outubro a 5 de novembro o aumento de 22% na taxa de positividade para a Covid-19 na cidade.
Segundo o órgão, a média móvel (sete dias) de casos de Covid-19 positivos, notificados na última semana, foi de 727 casos.
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