Defesa de Flordelis pede exumação de corpo de Anderson do Carmo, mas juíza nega
Flordelis durante no primeiro dia de julgamento — Foto: Brunno Dantas/TJRJ
A defesa de Flordelis pediu nesta quinta-feira (10) para que o corpo do pastor Anderson do Carmo fosse exumado.
A solicitação veio após longa explanação do perito 💥️Sami El Jundi, convocado como testemunha técnica da ex-deputada federal, sobre envenamento por arsênio e cianeto - que apareceram durante a investigação como sendo usados para envenenar o marido de Flordelis.
Sami também atua como perito contratado de Dr. Jairinho no caso Henry Borel.
Flordelis é acusada da morte do marido, o pastor 💥️Anderson do Carmo, assassinado no dia 16 de junho de 2023. Também estão sendo julgados por envolvimento no assassinato a filha biológica de Flordelis Simone dos Santos, a neta Rayane dos Santos e os filhos adotivos André Luiz e Marzy Teixeira.
Sami El Jundi explicou sobre os sintomas que os venenos provocam e quanto tempo costumam permanecer no corpo mesmo depois da morte. Essa, aliás, foi uma pergunta que um jurado direcionou para que a juíza fizesse ao perito.
2 de 4 Anderson do Carmo: ele teria sido envenenado — Foto: Reprodução
Anderson do Carmo: ele teria sido envenenado — Foto: Reprodução
Ao final da explanação, o advogado💥️ Rodrigo Faucz solicitou a exumação do corpo de Anderson do Carmo para pesquisa de suposto envenenamento. A ideia era afastar a acusação de homicídio tentado. No entanto, o pedido foi negado pela juíza 💥️Nearis Arce.
3 de 4 Rodrigo Faucz — Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Rodrigo Faucz — Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Antes da questão do veneno, Sami analisou outros pontos do laudo da necropsia, como a quantidade de tiros, que questionou serem 💥️30, uma vez que o documento não apontava o que era entrada ou saída de projétil.
Também falou sobre o fato de Anderson do Carmo ter recebido vários tiros na região genital, e se isso teria conotação sexual.
Durante sua análise, André Luiz, um dos réus, cobriu o rosto para não olhar. Com a continuação, do depoimento, começou a chorar e deixou o plenário para a sala de apoio aos réus, onde Flordelis permanecia desde o depoimento de Siro Darlan.
4 de 4 Flordelis: preferidos e preteridos — Foto: Brunno Dantas/TJRJFlordelis: preferidos e preteridos — Foto: Brunno Dantas/TJRJ
Desde o início do júri popular, na segunda-feira (7), este foi o dia em que mais testemunhas depuseram.
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O dia começou com duas testemunhas de acusação depondo e finalizando as testemunhas do Ministério Público. A primeira a sentar para depor foi Roberta dos Santos - filha registrada por Flordelis e Anderson. Ela foi categórica em dizer que a mãe tinha envolvimento com a morte do pai.
Depois, foi a vez de Rebeca Vitória Silva, neta de Flordelis e filha de Carlos Ubiraci, filho de Flor e já julgado no mesmo processo.
O fim da manhã teve ainda o depoimento de Tayane Dias, filha afetiva da ex-parlamentar, e Érica dos Santos de Souza, filha adotiva de Flordelis.
Os depoimentos da tarde começaram com o médico Diogo Bagano Diniz Gomes, médico oncologista que atendeu a ré Simone Santos no Hospital Albert Einstein, e o desembargador Siro Darlan contou como conheceu Flordelis. O dia terminou com as análises des Sami El Jundi.
Além da ex-parlamentar, outros quatros réus estão sendo julgados: a filha biológica de Flordelis Simone dos Santos, a neta Rayane dos Santos e os filhos adotivos André Luiz e Marzy Teixeira.
A morte de Anderson do Carmo ocorreu na noite de 16 de junho de 2023. O pastor foi morto, com mais de 30 tiros, na garagem da casa onde morava com a família, em Pendotiba, Niterói.
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