Irã sentencia manifestante à morte

Manifestantes queimam motos de policiais durante manifestação em setembro de 2022 em Teerã em protesto contra a morte da jovem Mahsa Amini, presa por 'uso inadequado' do véu islâmico. — Foto: WANA (West Asia News Agency) via REUTERS 1 de 1 Manifestantes queimam motos de policiais durante manifestação em setembro de 2022 em Teerã em protesto contra a morte da jovem Mahsa Amini, presa por 'uso inadequado' do véu islâmico. — Foto: WANA (West Asia News Agency) via REUTERS

Manifestantes queimam motos de policiais durante manifestação em setembro de 2022 em Teerã em protesto contra a morte da jovem Mahsa Amini, presa por 'uso inadequado' do véu islâmico. — Foto: WANA (West Asia News Agency) via REUTERS

O Tribunal Revolucionário Iraniano condenou um manifestante à morte e outros cinco à prisão, informou a mídia estatal no domingo (13). As sentenças ocorrem em meio a maior onda de protestos que eclodiu no país após a jovem Mahsa Amini morrer enquanto estava sob custódia policial por uso "inadequado" do véu islâmico.

É a primeira vez que alguém foi condenado à morte pelos protestos que abalaram o Irã nas últimas semanas exigindo o fim do regime teocrático.

O Mizan, um portal de notícias ligado ao sistema judicial iraniano, informou que o manifestante condenado à morte foi acusado de incendiar um prédio do governo. Não há informações sobre a identidade dele.

As penas de prisão variaram de cinco a dez anos por acusações de violação da ordem pública e da segurança nacional.

De acordo com o relatório, diferentes ramos do Tribunal Revolucionário proferiram as sentenças. O portal não deu mais detalhes sobre os réus, que podem recorrer das decisões.

O Irã já processou centenas de manifestantes detidos e prometeu realizar julgamentos públicos para eles.

Os protestos já entraram em sua oitava semana. Eles foram desencadeados pela morte de Mahsa Amani, uma jovem que foi presa pela polícia de moralidade do país, aparentemente por não usar o lenço islâmico obrigatório para todas as mulheres no Irã.

As autoridades anunciaram acusações contra centenas de outros iranianos nas províncias. Alguns foram acusados ​​de "corrupção na Terra" e "guerra contra Deus", acusações que levam à pena de morte.

Forças de segurança, incluindo voluntários paramilitares da Guarda Revolucionária, reprimiram violentamente as manifestações, matando mais de 300 pessoas, incluindo dezenas de crianças, segundo a Iran Human Rights, uma organização com sede em Oslo. Autoridades iranianas dizem que mais de 40 oficiais de segurança também foram mortos no tumulto.

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