Deputado federal lamenta morte do cunhado e ex-governador de SP Luiz Antônio Fleury Filho: 'Exemplo de homem público&
Deputado federal lamenta morte do cunhado e ex-governador de SP Luiz Antônio Fleury Filho — Foto: Reprodução/Instagram
O ex-prefeito de Itu (SP) e atual deputado federal Herculano Passos (Republicanos) lamentou a morte do cunhado e ex-governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho, aos 73 anos. O óbito foi divulgado nesta terça-feira (15).
Nas redes sociais, Herculano divulgou que sua família está em luto e que Fleury era casado com sua irmã Ika. 💥️Confira abaixo na íntegra:
Luiz Antônio comandou o Estado entre os anos de 1991 e 1994. A causa da morte não foi revelada, mas seu partido, o MDB, confirmou a informação nas redes sociais.
"Lamentamos a morte de Luiz Antônio Fleury Filho, que foi governador de São Paulo entre 1991 e 1994. Foi deputado, promotor de Justiça e professor. Filiado ao MDB-SP, ele era membro da Executiva Estadual. Nossas condolências a familiares e amigos", diz a nota assinada pelo presidente nacional da sigla, Baleia Rossi.
O velório de Fleury será na Funerária Home, na Bela Vista, Centro da capital. Até a última atualização desta reportagem, não havia confirmação sobre se o corpo do político seria sepultado ou cremado, nem sobre onde isso ocorreria.
2 de 4 Luiz Antônio Fleury Filho (de gravata vermelha) — Foto: Reprodução/Alesp
Luiz Antônio Fleury Filho (de gravata vermelha) — Foto: Reprodução/Alesp
Fleury nasceu em 30 de março de 1949 em São José do Rio Preto e foi criado em Porto Feliz, duas cidades do interior paulista.
Aos 15 anos, foi admitido, por concurso, na Academia da Policia Militar de São Paulo, como aluno interno. Depois ficou nove anos na corporação, chegando à patente de tenente.
Em 1973, formou-se bacharel em direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), e, no mesmo ano, foi aprovado como promotor para o Ministério Público estadual.
Fleury foi eleito 1º vice-presidente da Associação Paulista do Ministério Público entre 1980 e 1982, 1º vice-presidente da Confederação Nacional do Ministério Público, entre 1981 e 1983, e presidente da Associação Paulista do Ministério Público, de 1982 a 1986.
Em 1987, ele foi nomeado secretário da Segurança Pública, ficando no cargo até meados de1990. Fleury também chegou a ser deputado federal por dois mandatos pelo PMDB.
3 de 4 Foto de arquivo de 2 de outubro de 1992 mostra carros da ROTA entrando no Carandiru para conter rebelião — Foto: Mônica Zarattini/Estadão Conteúdo/Arquivo
Foto de arquivo de 2 de outubro de 1992 mostra carros da ROTA entrando no Carandiru para conter rebelião — Foto: Mônica Zarattini/Estadão Conteúdo/Arquivo
Em 1992, ele era o governador de São Paulo quando a Polícia Militar (PM) invadiu o Complexo Prisional da Casa de Custódia do Carandiru, onde 111 presos foram mortos, no caso que ficou conhecido como Massacre do Carandiru. Fleury e o secretário da Segurança Pública (SSP) à época, Pedro Franco de Campos, não foram investigados pelas autoridades ou responsabilizados pelas mortes.
A ordem para a PM invadir a penitenciária na zona norte da capital paulista foi do tenente-coronel Ubiratan Guimarães, segundo o Ministério Público (MP). O comandante das tropas da Polícia Militar, chegou a ser condenado pela Justiça, em 2001, a 632 anos de prisão pelos assassinatos de 102 presos.
Em 2006, no entanto, Ubiratan se tornou deputado estadual pelo PTB e passou a ter foro privilegiado. Julgado naquele ano pelo Tribunal de Justiça (TJ) em São Paulo, ele foi absolvido. Os magistrados consideraram que o então PM não participou da ação.
Ubiratan foi assassinado em 2006, dentro do seu apartamento. Uma namorada dele foi acusada de envolvimento no crime, mas foi absolvida pela Justiça.
4 de 4 Fleury foi governador de São Paulo em meados dos anos 1990 — Foto: Reprodução/Acerto TV GloboFleury foi governador de São Paulo em meados dos anos 1990 — Foto: Reprodução/Acerto TV Globo
Entre 2013 e 2014, ocorreram mais cinco júris populares, com 74 policiais condenados pelos homicídios de 77 detentos. As penas que eles receberam variam de 48 anos a 624 anos de prisão.
Como cinco dos PMs condenados morreram, 69 agentes terão as penas revisadas pelos desembargadores da 4ª Câmara do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.
Atualmente, as defesas dos policiais pedem a redução das penas. Esse recurso estará pronto para ser julgado a partir do dia 14 de outubro.
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