Autoridades não explicam de quem é a responsabilidade de fiscalizar navio que bateu na Ponte Rio-Niterói

O acidente com o navio que bateu na Ponte Rio-Niterói na segunda-feira (14) e interrompeu uma das principais vias de ligação do Rio de Janeiro por três horas levantou a pergunta: de quem é a responsabilidade por fiscalizar essas embarcações?

A embarcação de 💥️42 mil toneladas e 200 metros de extensão não é a única abandonada no local, e o risco de acidente com ela já era conhecido.

A dona do navio é a 💥️Navegação Mansur S.A., que entregou a operação do cargueiro para outra empresa, a 💥️Posidonia Shipping.

Navio São Luiz, que bateu na ponte Rio-Niterói, na segunda-feira (14). — Foto: Reprodução/Globo 1 de 1 Navio São Luiz, que bateu na ponte Rio-Niterói, na segunda-feira (14). — Foto: Reprodução/Globo

Navio São Luiz, que bateu na ponte Rio-Niterói, na segunda-feira (14). — Foto: Reprodução/Globo

Tempos depois, a Posidonia alegou falta de pagamento da Mansur em vários contratos e entrou na Justiça cobrando os atrasados.

Em 💥️2016, a Mansur voltou a ter posse do navio, mas como respondia a outros processos, de outras empresas, cobrando outras dívidas, o cargueiro acabou ficando fundiado ali na Baía de Guanabara.

Em 💥️2019, a 💥️Companhia Docas do Rio entrou na Justiça Federal alegando a Mansur também devia pra ela R$ 6,6 milhões.

No processo havia imagens fotográficas feitas na época, e que mostravam a embarcação já em 💥️adiantado estágio de deterioração, com a corrente de âncora retorcida pelos inúmeros giros de 360° em torno de seu próprio eixo, e em adiantado estado de oxidação, o que indica a possível ruptura, o que deixaria a embarcação à deriva.

Em 💥️2020, o juiz do caso autorizou a Companhia Docas a retirar o navio.

Em 💥️2021, determina que a Mansur retire o navio, o que não ocorreu.

O especialista em infraestrutura portuária 💥️Hélvio José Lopes diz que o desgaste nas âncoras e correntes de navios ancorados é um processo natural, conhecido por qualquer um que entende de navegação.

💥️Sérgio Ricardo Lima, cofundador do movimento 💥️Baía Viva, diz que o navio faz parte de um passivo ambiental que existe há mais de 30 anos na Baía de Guanabara.

Ele salienta ainda que as embarcações são extremamente precárias, inseguras, e que, provavelmente, dentro delas há óleo, o que pode provocar 💥️desastre ambiental.

O 💥️RJ2 foi atrás das atrás de respostas dos órgãos envolvidos na fiscalização dos navios e da Baía de Guanabara.

A 💥️Secretaria Municipal do Ambiente e Clima do Rio disse que está cobrando e notificando os responsáveis pelo abandono de embarcações na Baía de Guanabara.

O 💥️Ibama não respondeu aos contatos.

O Inea - Instituto Estadual do Ambiente -, se defendeu dizendo que atua em caso de acidentes envolvendo derramamento de óleo ou de produtos nocivos, que resultem em dano ambiental.

Ressaltou ainda que o controle das embarcações ancoradas na Baía de Guanabara e abandonadas é atribuição da Marinha.

O 💥️RJ2 questionou a Marinha do Brasil, que não respondeu sobre a fiscalização na região.

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