PF faz operação contra supostas fraudes na Fundação Getúlio Vargas e mira 3 da família Simonsen
A 💥️Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo menos três membros da família que a fundou são alvos, nesta quinta-feira (17), da 💥️Operação Sofisma, da Polícia Federal (PF). Segundo as investigações, uma organização criminosa envolvendo os 💥️Simonsen supostamente operou dentro da FGV um esquema de corrupção, fraudes a licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Um dos investigados foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo. A PF não divulgou o nome.
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Entre os alvos de buscas estão 💥️Ricardo Simonsen, 💥️MariaI Inês Norbert Simonsen e 💥️Rafael Norbert Simonsen. O presidente da FGV, 💥️Carlos Ivan Simonsen Leal, não foi citado nessa investigação.
Equipes saíram para cumprir 💥️29 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo. Um dos endereços visados é a sede da FGV no Rio de Janeiro, em Botafogo.
O g1 pediu um posicionamento à FGV , que enviou nota dizendo que os membros da família Simonsen da investigação, não são os mesmos que têm ligação com a instituição (💥️veja nota completa abaixo).
1 de 3 Carros da Polícia Federal na porta da sede da Fundação Getúlio Vargas, no Rio — Foto: Reprodução/ TV GloboCarros da Polícia Federal na porta da sede da Fundação Getúlio Vargas, no Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo
A Operação Sofisma é um desdobramento da delação premiada de Carlos Miranda, braço direito do ex-governador Sérgio Cabral. Em 2023, Miranda disse a promotores que “a cúpula da FGV usava a fundação para desviar dinheiro público”.
A partir dessa delação, a PF foi investigar informações de que a FGV era utilizada por órgãos federais e estaduais para, supostamente, “fabricar pareceres que mascaravam o desvio de finalidade de diversos contratos que resultaram em pagamento de propinas, funcionando como um verdadeiro 💥️‘biombo legal’”.
A PF afirmou ainda que a quadrilha usava a FGV também para “superfaturar contratos realizados por dispensa de licitação e para fraudar processos licitatórios, encobrindo a contratação direta ilícita de firmas indicadas por agentes públicos, de empresas de fachada criadas por seus executivos e fornecendo, mediante pagamento de propina, vantagem a concorrentes em licitações coordenadas por ela”.
2 de 3 Polícia Federal cumpre mandados na Operação Sofisma — Foto: Reprodução/PFPolícia Federal cumpre mandados na Operação Sofisma — Foto: Reprodução/PF
Para ocultar a suposta origem ilícita dos valores, de acordo com a PF, “diversos executivos detinham offshores em paraísos fiscais como Suíça, Ilhas Virgens e Bahamas, indicando não só a lavagem de capitais, como evasão de divisas e de ilícitos fiscais”.
Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro. A Justiça também emitiu ordens de sequestro e cautelares restritivas.
As penas dos fatos investigados podem chegar a quase 💥️90 anos de prisão.
“O nome da operação [Sofisma] faz alusão à figura grega dos sofistas, filósofos que, através da argumentação, transvestiam de veracidade informações que sabiam ser falsas, com a intenção de manipular a população”, explicou a PF.
3 de 3 Fundação Getúlio Vargas, em Botafogo, na Zona Sul do Rio — Foto: Reprodução/ TV GloboFundação Getúlio Vargas, em Botafogo, na Zona Sul do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo
Em novembro de 2018, a GloboNews mostrou que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) tinha aberto um inquérito para investigar supostas irregularidades em contratos sem licitação entre a Fundação Getúlio Vargas e o governo do estado, desde a gestão de Sérgio Cabral.
O ponto de partida foi um termo de cooperação técnica assinado entre o estado e a FGV em março de 2007, no primeiro mandato de Cabral. Os promotores suspeitavam de altos valores pagos com dinheiro público sem licitação em contratos de consultoria, execução de projetos e assessoria técnica.
Em agosto daquele ano, a força-tarefa da Lava Jato no RJ prendeu 💥️Edson Menezes, ex-superintendente do Banco Prosper e ex-presidente da Bolsa de Valores do Rio.
A operação investigava o pagamento de propina na venda da gestão da folha de pagamento dos servidores do estado no mandato de Sérgio Cabral. Um leilão para escolher o novo banco tinha sido preparado por uma consultoria da Fundação Getúlio Vargas, que subcontratou o Banco Prosper.
Em delação, 💥️Carlos Miranda, operador de Cabral, disse que o negócio envolveu a promessa de pagamento de R$ 6 milhões por parte de Edson Menezes. Segundo Miranda, metade da propina teria sido paga a Cabral em 💥️garrafas de vinho.
A consultoria foi contratada em 2006, antes da gestão de Cabral, mas foi feita até 2011, quando a folha foi vendida junto com o Banco do Estado do Rio de Janeiro.
O vencedor do leilão foi o Bradesco, que pagou 💥️R$ 1,8 bilhão. Com isso, ganhou o direito de administrar a folha de pagamento dos mais de 460 mil servidores do RJ.
💥️Nota da Fundação Getúlio Vargas
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