Ex-ministro Mantega alega condenação no TCU e pede para deixar equipe de transição; veja carta

O ex-ministro Guido Mantega em entrevista para a GloboNews após ter sido anunciado para a transição — Foto: Reprodução/GloboNews 1 de 1 O ex-ministro Guido Mantega em entrevista para a GloboNews após ter sido anunciado para a transição — Foto: Reprodução/GloboNews

O ex-ministro Guido Mantega em entrevista para a GloboNews após ter sido anunciado para a transição — Foto: Reprodução/GloboNews

O ex-ministro Guido Mantega pediu nesta quinta-feira (17) para deixar a equipe de transição de governo. Mantega integrava o grupo de planejamento, orçamento e gestão.

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A informação da renúncia de Mantega foi noticiada inicialmente pela colunista do jornal "Folha de S.Paulo" Mônica Bergamo.

Mantega enviou uma carta em que citou como motivo para sair da transição uma condenação no Tribunal de Contas da União (TCU), proferida pela primeira vez em 2016 e depois estendida em 2018, que o impede temporariamente de ocupar cargos públicos.

Ele disse que foi condenado injustamente e que, além disso, não ocuparia cargo remunerado na transição. Mesmo assim, segundo Mantega, o fato estava sendo explorado por adversários políticos .

"Em face de um procedimento administrativo do TCU, que me responsabilizou indevidamente, enquanto ministro da Fazenda, por praticar a suposta postergação de despesas no ano de 2014, as chamadas pedaladas fiscais, aceitei trabalhar na equipe como colaborador não remunerado, sem cargo público, para não contrariar a decisão que me impedia de exercer funções públicas por 8 anos", escreveu o ex-ministro.

Mantega foi ministro do Planejamento, no governo Lula, e da Fazenda, nos governos Lula e Dilma Rousseff.

O nome dele para a equipe de transição do terceiro mandato de Lula havia sido anunciado na semana passada.

De acordo com a assessoria do governo de transição, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, recebeu a carta de renúncia de Mantega e ligou para o ex-ministro. Alckmin agradeceu a Mantega pelos serviços prestados à transição.

"Ministro Guido passa por uma situação injusta. Ele seria um colaborador voluntário, sem receber nada pela sua contribuição. Por isso liguei para ele e agradeci pela colaboração e pelo gesto", afirmou Alckmin à imprensa.

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Logo após ser anunciado para a transição, Mantega causou polêmica ao contestar a indicação do governo Jair Bolsonaro para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O governo indicou o ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn.

Para Mantega, Ilan não era um mau nome, mas não tinha consenso entre os demais países que compõem o BID. Ele relatou que entrou em contato com outros governos e com o BID pedindo o adiamento da eleição, o que não foi concedido pelo BID. A votação está marcada para domingo (20).

Veja o que escreveu Mantega para a equipe de transição:

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