Tarcísio 'vê necessidade' de aumento do salário do governador sob argumento de dar aumento real para o funcional

O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que vê necessidade de aumento do salário do governador porque diz que o funcionalismo teve muitas perdas, e o teto está congelado desde 2023. Apesar disso, diz que é preciso "ter muita responsabilidade" ao discutir o aumento de salário de 50% do 1º escalão do governo de SP, que está em tramitação atualmente na Alesp.

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Na primeira reunião do governo de transição com o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB), Tarcísio afirmou nesta quinta-feira (17) que "existe a necessidade de recuperar poder de compra do funcionalismo público" que será beneficiado com a elevação do teto através do salário do governador, mas que é um assunto que ele prefere que seja discutido "mais pra frente".

"A gente tem que ter muita responsabilidade, porque quando se fala em aumento de salário do governador se fala na baliza para o teto do funcionalismo. E isso impacta uma série de carreiras e impede que uma série de profissionais tenha aumento real. Eles já têm uma perda salarial, porque esse teto está congelado desde 2023. Então, existe a necessidade de recuperar poder de compra do funcionalismo público", declarou.

"Temos que avaliar com responsabilidade. Entendo que isso é necessário, mas a gente tem que contemplar a questão espaço para fazer os ajustes que precisa fazer nas carreiras de entrada. Por isso, é um assunto que temos que olhar mais pra frente com muito cuidado e interagir com a Assembleia", completou.

O governador de SP, Rodrigo Garcia, e o governador eleito, Tarcísio de Freitas, durante reunião da transição do comando do estado — Foto: Divulgação 1 de 7 O governador de SP, Rodrigo Garcia, e o governador eleito, Tarcísio de Freitas, durante reunião da transição do comando do estado — Foto: Divulgação

O governador de SP, Rodrigo Garcia, e o governador eleito, Tarcísio de Freitas, durante reunião da transição do comando do estado — Foto: Divulgação

Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante reunião de transição no Palácio dos Bandeirantes, em 17 de novembro de 2022. — Foto: Divulgação/GESP 2 de 7 Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante reunião de transição no Palácio dos Bandeirantes, em 17 de novembro de 2022. — Foto: Divulgação/GESP

Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante reunião de transição no Palácio dos Bandeirantes, em 17 de novembro de 2022. — Foto: Divulgação/GESP

Questionado sobre se o índice de 50% de aumento nos salários do governador, do vice e dos secretários a partir de 2023 é adequado à realidade das contas do estado, Tarcísio afirmou que "é prematuro falar em percentual" e que a discussão na Alesp precisa "passar longe disso".

"É a responsabilidade que a gente tem que ter. Acompanhar qual foi a evolução da inflação, como isso impacta quem tá com uma perda de poder de compra relevante, vamos ver quanto é que sobra de espaço, qual o impacto que vai ter. As mexidas que queremos fazer nos salários de entrada da Saúde, da Educação, pra adequar todas essas necessidades. É prematuro falar em percentual. Essa discussão tem que passar longe disso no momento", informou.

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O governador de SP, Rodrigo Garcia, e o governador eleito, Tarcísio de Freitas, durante coletiva sobre a primeira reunião de transição no Palácio dos Bandeirantes. — Foto: Divulgação/GESP 3 de 7 O governador de SP, Rodrigo Garcia, e o governador eleito, Tarcísio de Freitas, durante coletiva sobre a primeira reunião de transição no Palácio dos Bandeirantes. — Foto: Divulgação/GESP

O governador de SP, Rodrigo Garcia, e o governador eleito, Tarcísio de Freitas, durante coletiva sobre a primeira reunião de transição no Palácio dos Bandeirantes. — Foto: Divulgação/GESP

Na primeira reunião da transição, o governador Rodrigo Garcia afirmou que vai disponibilizar um prédio do governo paulista para a equipe de transição, que vai funcionar no Edifício Cidade, na Rua Boa Vista, no Centro da capital paulista.

Garcia também afirmou que entregou um relatório de gestão fiscal do estado de São Paulo, que mostra as contas no azul e com cerca de R$ 30 bilhões em caixa para dar conta das obras estaduais que já estão em andamento.

"Nós detalhamos todas as ações realizadas nesses últimos tempos e todas as ações que estão em andamento nesse momento, mostrando, principalmente, a capacidade de investimento do estado para 2023. Tenho a satisfação de passar o bastão com as contas no azul e com muitos investimentos em andamento", declarou Garcia.

Tarcísio de Freitas, Rodrigo Garcia e equipe de transição em reunião no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. — Foto: Divulgação/GESP 4 de 7 Tarcísio de Freitas, Rodrigo Garcia e equipe de transição em reunião no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. — Foto: Divulgação/GESP

Tarcísio de Freitas, Rodrigo Garcia e equipe de transição em reunião no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. — Foto: Divulgação/GESP

O gabinete de transição começa a funcionar na segunda-feira (21), quando Tarcísio afirma que começará a divulgar os nomes técnicos que vão compor a equipe.

Os nomes serão anunciados, segundo ele, por eixos temáticos que trabalharão diretamente com as secretarias estaduais.

Uma das tarefas principais da equipe será a adequação do orçamento do estado de 2023 a ser enviado para a Assembleia Legislativa de SP (Alesp), para aprovação dos deputados estaduais.

O governador de SP, Rodrigo Garcia, e o governador eleito, Tarcísio de Freitas, durante a primeira reunião de transição do comando do estado no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de SP — Foto: Rodrigo Rodrigues/g1 5 de 7 O governador de SP, Rodrigo Garcia, e o governador eleito, Tarcísio de Freitas, durante a primeira reunião de transição do comando do estado no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de SP — Foto: Rodrigo Rodrigues/g1

O governador de SP, Rodrigo Garcia, e o governador eleito, Tarcísio de Freitas, durante a primeira reunião de transição do comando do estado no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de SP — Foto: Rodrigo Rodrigues/g1

Tarcísio disse que pretende anunciar em etapas os nomes dos futuros secretários de sua equipe.

Além de Rodrigo e Tarcísio, estiveram presentes na reunião o vice-governador eleito, Felício Ramuth (PSD), os coordenadores da transição Marcos Penido e Guilherme Afiff Domingos, além de secretários do governo como Cauê Macris (Casa Civil).

A última transição de grupos opositores que houve no estado de São Paulo aconteceu em 1994, quando o então governador Luiz Antonio Fleury Filho (MDB) transmitiu o cargo para Mário Covas (PSDB).

Fleury faleceu nesta terça-feira (15), na capital paulista, aos 73 anos. Ele governou o estado de SP entre 1991 e 1994.

Covas morreu ainda no exercício do cargo de governador, em 2001, aos 70 anos.

Os seis governadores do PSDB em SP: Mário Covas, Geraldo Alckmin, José Serra, Alberto Goldman, João Doria e Rodrigo Garcia. — Foto: Montagem/g1 6 de 7 Os seis governadores do PSDB em SP: Mário Covas, Geraldo Alckmin, José Serra, Alberto Goldman, João Doria e Rodrigo Garcia. — Foto: Montagem/g1

Os seis governadores do PSDB em SP: Mário Covas, Geraldo Alckmin, José Serra, Alberto Goldman, João Doria e Rodrigo Garcia. — Foto: Montagem/g1

De 1995 até hoje, o PSDB teve seis diferentes governadores no estado, em oito mandatos consecutivos.

A exceção foi nos anos de 2006 e 2018, quando Geraldo Alckmin deixou o Palácio dos Bandeirantes para concorrer à Presidência da República por duas vezes, assumindo no lugar dele os respectivos vices de chapa: Cláudio Lembo (no então PFL) e Márcio França (PSB).

Juntos, os dois tiveram apenas 16 meses de mandato. Porém, as transições desses governos dos vices foram feitas dentro de um mesmo grupo político aliado.

Em 11 de novembro, Rodrigo Garcia já havia anunciado que um dos assuntos da reunião desta semana será um projeto que está sendo discutido na Alesp que concede aumento de 50% aos salários do próximo governador, do vice e dos demais secretários de governo.

O projeto, segundo Rodrigo, deve onerar em R$ 1,5 bilhão a folha de pagamento do estado, uma vez que eleva também o teto do funcionalismo público e aumenta os salários de milhares de servidores públicos.

Deputados estaduais no Plenário da Alesp — Foto: Divulgação/Alesp 7 de 7 Deputados estaduais no Plenário da Alesp — Foto: Divulgação/Alesp

Deputados estaduais no Plenário da Alesp — Foto: Divulgação/Alesp

Conforme o 💥️g1 divulgou em 11 de novembro, o projeto de lei 592/2022, que teve a tramitação acelerada na Alesp, propõe que os salários do futuro governador, do vice dele e dos secretários de estado sejam reajustados em 50%.

Caso ele seja aprovado, o salário do próximo governador paulista passará dos atuais R$ 23.048,59 para R$ 34.572,89.

O texto é proposto pelos deputados que formam a Mesa Diretora da Alesp e pelos seguintes líderes partidários: Gilmaci Santos (Republicanos), Ricardo Madalena (PL), Márcia Lia (PT), Jorge Caruso (MDB), Delegado Olim (PP) e Analice Fernandes (PSDB).

Pela proposta, o salário do vice passa de R$ 21.896,27 para R$ 32.844,41, e o dos secretários estaduais, de R$ 20.743,72 para R$ 31.115,58.

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