Dólar fecha em queda após declarações de Alckmin sobre controle de gastos

Dólar opera em alta nesta quinta-feira — Foto: Alexander Mils/Pexels 1 de 1 Dólar opera em alta nesta quinta-feira — Foto: Alexander Mils/Pexels

Dólar opera em alta nesta quinta-feira — Foto: Alexander Mils/Pexels

O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (18), em um movimento de recuperação de parte das perdas do real nos últimos dias, quando o mercado reagia negativamente à PEC da Transição. O recuo ocorre após declarações do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, sobre responsabilidade fiscal.

A moeda norte-americana caiu 0,50%, negociada a R$ 5,3737.💥Veja mais cotações.

Na quinta-feira, o dólar fechou em alta de 0,37%, cotado a R$ 5,4006, mas chegou a bater R$ 5,5298 na máxima do dia. Foi a maior cotação desde 22 de julho. Com o resultado desta sexta, a moeda acumula alta de 4,03% frente ao real no mês. No ano, tem queda de 3,61%.

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Depois de uma semana de bastante volatilidade e desvalorização do real ante o dólar, a moeda americana opera em queda nesta sexta, após falas do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, aliviarem o mercado.

Após o fechamento do pregão desta quinta, Alckmin afirmou que o governo seguirá cortando gastos e disse, ainda, que haverá uma revisão de contratos federais que podem se apresentar como alternativas de cortes a serem realizados.

As falas de Alckmin vieram após uma carta escrita por economistas de renome no mercado financeiro. Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, Edmar Bacha, ex-presidente do BNDES, e Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda, publicaram nesta quinta-feira (17) carta aberta a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que criticam as declarações recentes do presidente eleito sobre responsabilidade fiscal e suas críticas à atuação do mercado.

As críticas de Lula foram feitas durante sua participação na COP27 e após o anúncio da PEC de Transição, que tem como objetivo liberar cerca de R$ 175 bilhões além do teto de gastos para arcar com promessas de campanha do presidente eleito - com destaque para a continuidade do Auxílio Brasil de R$ 600, um benefício extra de R$ 150 para crianças pequenas e o reajuste do salário mínimo.

Além disso, outras duas notícias no campo político agradaram os investidores. A primeira delas é que o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, renunciou ao seu cargo dentro da equipe de transição do governo. Já Aloizio Mercadante também falou sobre corte de gastos e a revisão de subsídios.

Para a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, outro destaque desta sexta foi a declaração do presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, de que o BC pode reagir se não houver convergência entre política monetária e fiscal.

"Também pesou no mercado a especulação de nomes para o Ministério da Fazenda", diz. "Nos próximos dias, enquanto tivermos esse cenário de incerteza, tanto do ponto de vista de como será a política fiscal quanto de nomes para o novo governo, o mercado vai continuar bastante volátil", continua.

No exterior, a maior preocupação do mercado segue sendo a inflação, sobretudo nos países desenvolvidos. Ontem, James Bullard, dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de St. Louis, afirmou em discurso que acredita que as taxas de juros nos Estados Unidos precisam subir, pelo menos, a um nível entre 5,00% e 5,25% ao ano, para conter o avanço dos preços.

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