Caso Eddy Jr: aposentada que falou 'fora, macaco' afirma à polícia que estava sob efeito de medicamentos e não s
O humorista e youtuber Eddy Júnior e a aposentada Elisabeth Morrone, moradores do Condomínio United Home & Work, na Barra Funda, Zona Oesta de SP. — Foto: Montagem/Reprodução
A aposentada flagrada em xingamentos racistas contra o humorista e músico Eddy Junior, em São Paulo, não falou em depoimento à polícia, mas apresentou uma defesa. A mulher alega que não se lembra da confusão na madrugada de 18 de outubro por conta de medicamentos. Eddy e vizinhos relataram episódios semelhantes envolvendo a aposentada 💥️(veja mais abaixo).
Elisabeth Morrone esteve na delegacia em 18 de novembro e não respondeu perguntas. A mulher entregou uma petição em defesa feita pelo advogado e apresentou um pendrive com dois arquivos.
“A investigada estava tão atormentada e perturbada, nervosa e com taquicardia, inclusive sob efeitos de remédios para tentar dormir, que sequer consegue lembrar dos fatos ocorridos no dia 18”, escreveu no documento. A aposentada negou xingamentos racistas.
No entanto, um laudo do Instituto de Criminalística feito em um arquivo em vídeo apontou que Elisabeth falou a frase: “fora, macaco”. Para a análise, os peritos trataram o áudio com normalização e redução de ruídos. Na normalização, há um “ganho” no arquivo. O conjunto faz a melhoria no material.
Na madrugada de terça-feira, 18 de outubro, Eddy Júnior gravou um vídeo sendo xingado pela vizinha, a aposentada Elisabeth. Ele publicou o vídeo em redes sociais e contou que desde abril sofre perseguições da mesma vizinha.
A aposentada é alvo de uma investigação na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), onde o influencer prestou depoimento após os xingamentos que recebeu na entrada do elevador do prédio.
Dias depois, a Justiça decidiu que a Elisabeth Morrone mantenha distância de ao menos 300 metros do influencer, sob pena de prisão preventiva. A medida protetiva foi solicitada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Paulo (DHPP) e proíbe também que a agressora mantenha qualquer tipo de contato com o vizinho do andar de cima, mesmo por intermédio de terceiros.
O juiz também definiu que Elisabeth está proibida de frequentar o mesmo ambiente que Eddy Junior, especialmente nas áreas comuns do Condomínio United Home & Work.
Em outro episódio, vídeos do prédio, os quais o 💥️g1 revelou em outubro, mostram o filho da aposentada — que segundo a família tem deficiência intelectual leve – indo à porta do músico com uma faca. Em outro dia, mãe e filho ameaçam o músico, que disse que não estava em casa. Os vizinhos gravaram o áudio das ameaças: “Vou te matar”, afirmou o agressor.
A Polícia Civil reuniu câmeras de segurança da madrugada do dia 18 de outubro, quando Eddy saiu com a cachorra de estimação e filmou sendo xingado pela aposentada.
As análises das câmeras mostraram que por volta das 2h27 um homem com um instrumento saiu do apartamento de Eddy. Por volta de 2h50, Elisabeth deixou o apartamento e foi para o elevador. Um minuto depois, Eddy também saiu do imóvel dele com a cachorra na coleira. As câmeras não estavam com horários certos.
2 de 6 Eddy e a aposentada saem de casa — Foto: ReproduçãoEddy e a aposentada saem de casa — Foto: Reprodução
3 de 6 Os dois vão ao térreno do prédio — Foto: ReproduçãoOs dois vão ao térreno do prédio — Foto: Reprodução
4 de 6 Eddy anda com a cachorra quando a aposentada aparece ao fundo — Foto: ReproduçãoEddy anda com a cachorra quando a aposentada aparece ao fundo — Foto: Reprodução
5 de 6 Eddy começa a filmar a situação — Foto: ReproduçãoEddy começa a filmar a situação — Foto: Reprodução
“Após atormentar a investigada com barulho em plena madrugada, privando-a de sono mesmo com medicamentos para dormir, como era feito rotineiramente, a suposta vítima desceu justamente para encontrar a investigada”, disse a defesa no documento alegando que Elisabeth sofria tortura psicológica, “privando-a do descanso e do sono”.
Em seguida, os dois foram para o térreo, onde foram registrados os vídeos de Eddy pelo celular.
A polícia ouviu Eddy, vizinhos do apartamento e funcionários do prédio. O caso está em andamento.
6 de 6 Montagem com foto do humorista e a vizinha que o xingou — Foto: Reprodução/InstagramMontagem com foto do humorista e a vizinha que o xingou — Foto: Reprodução/Instagram
Outra moradora do condomínio do influenciador digital Eddy Júnior afirmou ter sofrido ataques racistas da mesma vizinha que o insultou.
A advogada Nayara Cruz contou que ela e o filho foram discriminados pela aposentada. Ela também foi ouvida na delegacia. Um boletim de ocorrência foi registrado pelo marido em 2023 contra a aposentada.
Anteriormente, a defesa de Elisabeth Morrone afirmou que desconhece o caso de Nayara Cruz e que por isso não vai se pronunciar.
Manifestantes protestaram em frente ao prédio contra a moradora acusada dos xingamentos racistas.
O protesto reuniu artistas como Paulo Vieira, Astrid Fontenelle, ativistas, representantes da Uniafro e de várias entidades de luta contra o racismo em frente ao condomínio onde mora o músico Eddy Júnior.
Anteriormente, o advogado de Elisabeth Morrone enviou uma nota pelo celular. Disse que a cliente é inocente.
Segundo o advogado, as desavenças com o músico jamais tiveram relação com racismo ou qualquer preconceito.
A defesa da aposentada diz que Eddy costumava fazer barulhos e que já foi multado diversas vezes e que na terça-feira (18), Elisabeth, que é idosa e tem um filho especial, estava de roupão porque era de madrugada e ela foi acordada. Segundo a nota, ela reagiu às provocações do músico e que o vídeo publicado em redes sociais foi editado.
A equipe da 💥️TV Globo conversou com os advogados do condomínio que confirmaram que Eddy chegou a ser multado por causa de barulho.
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