Equipe de transição defende mudança na política de dividendos da Petrobras

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), coordenador de Petróleo na equipe de transição, durante sessão no Senado — Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado 1 de 1 O senador Jean Paul Prates (PT-RN), coordenador de Petróleo na equipe de transição, durante sessão no Senado — Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), coordenador de Petróleo na equipe de transição, durante sessão no Senado — Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), coordenador de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do governo de transição, afirmou nesta quinta-feira (24) que o governo eleito defende mudança na política da Petrobras de distribuição de dividendos – que são os lucros repassados a acionistas. A revisão se daria no novo conselho de administração.

As declarações foram dadas após reunião do grupo no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da transição governamental em Brasília. Jean Paul Prates é um dos nomes cotados para assumir o comando da Petrobras no novo governo.

O petista criticou a atual política de distribuição de dividendos da companhia. "A política de dividendos de 100% de distribuição está completamente anacrônica em relação a qualquer empresa de petróleo do mundo", afirmou.

"Mesmo distribuindo 50%, 40% dos dividendos, isso estaria acima dessas empresas que são congêneres", acrescentou o senador.

Segundo Patres, o objetivo é mudar a política de dividendos para reforçar o caixa da empresa para novos investimentos. "É uma questão de se decidir se a empresa precisa voltar a investir, se tem os projetos", declarou.

Ele afirmou ainda que a mudança será feita de forma gradual, discutida no conselho de administração no ano que vem. "É evidente que isso tem que ser feito de forma gradual, sem radicalizar em nada", afirmou.

No início do mês, a Petrobras decidiu antecipar o pagamento de distribuição de R$ 43,7 bilhões em dividendos a seus acionistas.

A medida irritou a equipe de Lula. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), criticou a decisão e disse que a antecipação visa a pagar parte da gastança eleitoral do governo neste ano eleitoral.

Entre os novos investimentos que podem ser feitos pela Petrobras, está a retomada do plano de refino, afirmou Prates. Segundo o senador, a ideia é avaliar primeiro a possibilidade de ampliação das atuais refinarias e depois a conclusão de obras inacabadas.

Caso essas opções não sejam viáveis, o senador afirma que a Petrobras deve retomar a construção de novas refinarias.

O grupo de transição do setor de óleo e gás vai se reunir nesta sexta-feira (25) com a Petrobras, virtualmente. Será a primeira reunião com o atual comando da companhia.

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