Integrante do MBL diz ter levado soco durante debate na Unifesp em que Kim Kataguiri foi impedido de participar
Arthur Scarance, coordenador do MBL, em vídeo em que relata ter sido agredido. — Foto: Reprodução
Um coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL) Arthur Scarance divulgou um vídeo neste sábado (26) em que relata ter sido agredido com um soco enquanto acompanhava o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil) em debate na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) na sexta-feira (25).
Os manifestantes da universidade estavam com caixa de som, cartazes e gritavam frases contra o posicionamento político do deputado, considerado antidemocrático pelo grupo. O Centro Acadêmico de Direito da Unifesp afirmou que não houve incitação à violência.
"Um grupo de manifestantes, supostos estudantes que se dizem antifascistas, resolveram não deixar o Kim falar. Buscaram interromper o debate, expulsá-lo a força, tentaram agredi-lo. Em uma dessas tentativas, um deles me deu um soco no supercílio. Tá inchado, tá dolorido, houve cortes", disse Scarance no vídeo.
Em posicionamento publicado nas redes sociais após o episódio, o Centro Acadêmico de Direito da Unifesp afirmou que puxou uma manifestação pacífica contra a presença do deputado na universidade.
"Em conjunto com outras entidades, puxamos uma manifestação pacífica e democrática contra a presença do Deputado Kim Kataguiri no campus, uma vez que acreditamos que não há espaço para diálogo com aqueles que defendem posições de ódio e ações antidemocráticas. (...) Ressaltamos que em nenhum momento incitamos a violência", diz o texto.
"Pontuamos aqui que o deputado e seu grupo de seguranças optaram por atravessar o auditório ocupado por estudantes ao invés de se retirarem pela porta lateral, por onde o mesmo entrou para evitar as mobilizações que ocorriam do lado de fora. Reafirmamos nosso compromisso com um movimento estudantil democrático, pacífico e contrário a qualquer tipo de violência e opressão, no qual as pautas defendidas por Kataguiri também não passarão!"
O ato foi organizado em conjunto pelo DA (Diretório Acadêmico XIV de Março), o DCE (Diretório Central dos Estudantes da Unifesp), CARI (Centro Acadêmico de Relações Internacionais da Unifesp) e CADU (Centro Acadêmico de Direito da Unifesp "Esperança Garcia").
Kataguiri não ficou ferido. Ele foi ao evento a convite do Centro Acadêmico de Economia. Ainda na sexta-feira, o deputado se manifestou por meio de suas redes sociais.
2 de 3 Kim Kataguiri (Podemos-SP) dicursa no plenário da Câmara, em imagem de arquivo — Foto: Cleia Viana/ Câmara dos DeputadosKim Kataguiri (Podemos-SP) dicursa no plenário da Câmara, em imagem de arquivo — Foto: Cleia Viana/ Câmara dos Deputados
"Quando peguei o microfone para falar, militantes foram cima da gente, para nos agredir. Agrediram e machucaram um dos nossos apoiadores do Movimento Brasil Livre e não deixaram eu falar. Mas eu fiz questão de sair pela porta da frente", disse Kim Kataguiri em postagem.
"Lamentável a postura de fascistas vermelhos. Democracia pressupõe reconhecer seu interlocutor como legitimo para o debate. Além de fugirem do debate, ainda agrediram um inocente. É esse tipo de postura autoritária que eu combato", disse o deputado ao 💥️g1.
Em nota, a Unifesp, por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, lamentou o episódio:
3 de 3 Um dos apoiadores ficou com ferimento na testa — Foto: Reprodução/TwitterUm dos apoiadores ficou com ferimento na testa — Foto: Reprodução/Twitter
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