'Faz todo sentido ter dois ministérios', diz Mercadante sobre dividir o Desenvolvimento Regional para recriar a
O coordenador técnico da transição, Aloizio Mercadante, disse nesta quinta-feira (1º) que faz "todo sentido" desmembrar a pasta do Desenvolvimento Regional para recriar a pasta das Cidades.
Mercadante participou de uma entrevista coletiva com o grupo técnico de desenvolvimento regional.
"Precisamos perguntar aos universitários, ao Lula, ele que vai definir quantos ministérios devemos ter, estrutura administrativa que você realoca, você cria poucos cargos, vantagem é o foco, equipe que vai olhar aquilo com profundidade, não vai ter ministério pensando nas cidades? Fundamental pra uma sociedade como a nossa, desenvolvimento social é importante pro Norte, Centro-Oeste, projetos estruturantes irem pra lá, essa é a discussão que estamos fazendo", afirmou Mercadante.
"Na nossa visão faz todo sentido ter dois ministérios, mas vamos aguardar os universitários", continuou.
Entre o primeiro e o segundo turno das eleições, Lula disse que seria necessário recriar o Ministério das Cidades para tratar dos problemas urbanos do país. No governo Bolsonaro, os temas foram remanejados ao Ministério do Desenvolvimento Regional.
De acordo com Mercadante, é um "equívoco" dizer que a criação de um novo ministério implica em "gasto extraordinário", pois seria apenas uma realocação de estruturas, com criação de "pouquíssimos cargos".
Na avaliação do coordenador, a vantagem de recriar o ministério das Cidades é ter uma pasta com foco no tema.
“Mais de 80% da população brasileira vive em cidades, você não vai ter um ministério pensando as cidades? Pensando mobilidade, pensando na cidade inteligente, pensando sustentabilidade, pensando qualidade de vida, é fundamental pra uma sociedade como a nossa”, defendeu.
Mercadante disse, porém, que a palavra final cabe ao presidente eleito Lula: “ele [Lula] que vai definir quantos ministérios nós vamos ter”.
De acordo com Camilo Santana, senador eleito (PT/CE) e membro do grupo de Desenvolvimento Regional, a proposta de divisão do ministério está entre as propostas entregues ao governo eleito.
Santana explicou que o Ministério das Cidades ficaria responsável pela parte de saneamento, mobilidade urbana, trânsito e habitação.
Enquanto o "novo" Ministério de Desenvolvimento Regional cuidaria de desenvolvimento urbano, defesa civil, segurança hídrica e ordenamento territorial.
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