Justiça mantém prisão preventiva de duas acusadas de golpe milionário em viúva de colecionador de arte e revoga prisão de outros

1 de 2 Sabine Boghici: denunciada pelo MP — Foto: Reprodução / TV Globo

Sabine Boghici: denunciada pelo MP — Foto: Reprodução / TV Globo

A juíza Simone Ferraz , da 💥️23ª Vara Criminal do Rio, negou o pedido de revogação das prisões preventivas de💥️ Sabine Coll Boghici e 💥️Rosa Stenesco Nicolau, acusadas pelos crimes de estelionato, cárcere privado, roubo, extorsão e associação criminosa contra Geneviève Rose Coll Boghici, de 82 anos, mãe de Sabine.

O mesmo pedido foi feito para o resto da família de Rosa, que foi presa por participar do golpe, e as prisões de Diana Rosa Aparecida Stanesco Vuletic, Slavko Vuletic, Jacqueline Stanescos e Gabriel Nicolau Translavina Hafliger foram substituídas por medidas cautelares.

De acordo com a decisão, Slavko, Gabriel, Jacqueline e Diana terão que cumprir as medidas cautelares de comparecimento mensal ao cartório do juízo até o décimo dia de cada mês, além do comparecimento presencial a todos os atos processuais para os quais forem intimados; eles estão proibidos de se ausentarem do Rio de Janeiro ou mudarem de endereço sem autorização judicial; estão, também, proibidos de manter contato ou se aproximarem da vítima ou das testemunhas arroladas pelo Ministério Público, e deverão entregar o passaporte em cartório do juízo.

"Em relação à garantia da ordem pública, as circunstâncias concretas dos crimes imputados aos acusados e, em particular, os robustos indícios existentes de emprego de violência, grave ameaça e restrição de liberdade por parte das denunciadas Sabin e Rosa demonstram que a revogação de suas prisões preventivas, ou mesmo a substituição por medidas cautelares diversas da prisão, não se afiguram suficiente ou adequadas. Os crimes sob exame, perpetrados contra pessoa idosa, com a qual a ré Sabine convivia e coabitava, por sua condição de filha, trazem, por certo, grande abalo à ordem social, de modo que a manutenção da custódia das acusadas apresenta-se imprescindível, neste momento processual", escreveu a juíza sobre Sabine e Rosa.

Geneviève é viúva do colecionador de arte 💥️Jean Boghici. De acordo com a denúncia, os acusados teriam participado de um golpe milionário de mais de R$ 720 milhões.

O pedido de revogação das prisões foi apresentado pelas defesas dos acusados na 💥️audiência de instrução e julgamento no dia 25 de novembro, e atendido no dia 1º de dezembro. A juíza acolheu a manifestação do Ministério Público, que opinou favoravelmente à revogação da prisão preventiva dos réus Slavko, Gabriel, Jacqueline e Diana e contrário à revogação das prisões preventivas das rés Rosa e Sabine.

Uma quadrilha de falsas videntes foi presa pela Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa de Terceira Idade (Deapti) em agosto de 2022, durante a "Operação Sol Poente".

O grupo teria elaborado golpe com a ajuda de Sabine Boghici contra a mãe dela, Geneviève Boghici, para ter acesso ao patrimônio que o marchand Jean Boghici deixou quando morreu. Sabine contou com a ajuda da companheira, Rosa Stanesco - também conhecida por Mãe Valéria de Oxóssi -, que se organizou com sua família, a família de Stanesco, para aplicar um golpe.

Rosa Stanesco foi uma das falsas videntes que disseram à idosa que Sabine iria morrer, mas que poderia se livrar do mal se ela fizesse um trabalho.

O tal trabalho espiritual começou com grandes transferências de dinheiro, depois passou a cárcere privado da idosa – durante a pandemia -, e o posterior roubo dos quadros famosos, como a tela de Tarsila do Amaral. Ao todo, 💥️o prejuízo é estimado em R$ 725 milhões.

Rosa, o filho dela Gabriel Nicolau e uma prima da mulher, Jaqueline Stanesco foram presos num imóvel na Rua Maria Quitéria, em Ipanema.

💥️Veja a seguir como foi o golpe e a participação das Stanescos, de acordo com as investigações.

2 de 2 Quem são os investigados por golpe contra idosa milionária — Foto: Arte/g1

Quem são os investigados por golpe contra idosa milionária — Foto: Arte/g1

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