Tribunal de Justiça do RJ suspende investigação e solta ex-vereador Carlinhos da Barreira

1 de 1 Vereador Carlinhos da Barreira chega à Cidade da Polícia após ser preso na Operação Barreira Petrópolis — Foto: Henrique Coelho/g1

Vereador Carlinhos da Barreira chega à Cidade da Polícia após ser preso na Operação Barreira Petrópolis — Foto: Henrique Coelho/g1

A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu soltar e ainda suspender a investigação contra o ex-vereador de Duque de Caxias Carlos Augusto Pereira Sodré, o Carlinhos da Barreira (Pros).

Na manhã desta quarta-feira (7), o ex-vereador já estava solto. O g1💥️ ainda não conseguiu contato com a defesa de Carlinhos da Barreira para comentar a decisão.

No mês passado, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE) decidiu, por unanimidade, pela cassação do mandato do então vereador. Os desembargadores avaliaram que ele devia perder o mandato por infidelidade partidária.

O político era investigado por chefia uma quadrilha de agiotas que praticam extorsão e chegou a ser preso no ano passado. Carlinhos também foi denunciado por lavagem de dinheiro e fraude à licitação. O vereador está no terceiro mandato consecutivo e foi o terceiro mais votado nas eleições de 2023.

Alegando problemas de saúde, ele foi posto em liberdade e passou a usar tornozeleira eletrônica.

Entretanto, Carlinhos da Barreira descumpriu as determinações judicial e voltou para a cadeia em outubro deste ano.

Na decisão do relator que trancou a investigação contra Barreira, que é datada de 22 de novembro, o desembargador Paulo Rangel afirmou que as provas produzidas pela Polícia Civil e o Ministério Público do Estado (MPRJ) "trazem dúvidas ao julgador quanto à existência dos crimes imputados na denúncia". Além disso, Rangel afirmou que existe "ausência dos pressupostos para manutenção da custódia cautelar".

O desembargador destacou ainda que Barreira "é primário, possui residência fixa e exerce atividade laborativa lícita e, pelo que se extrai das informações que instruem esta ação resta evidente que a liberdade do paciente não coloca em risco o deslinde do processo, até porque a fase de instrução criminal já se encontra finda".

O g1 procurou o MPRJ para que o órgão comentasse a decisão do Tribunal de Justiça, mas ainda não obteve resposta.

A Polícia Civil também foi procurada para comentar a possível existência de provas na investigação contra Barreira. O órgão ainda não respondeu.

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