PEC obteve resultado 'muito positivo' no Senado e expectativa é aprovar na Câmara, diz Alckmin

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta quinta-feira (8) que a proposta conhecida como PEC da Transição obteve resultado "muito positivo" no Senado e que acredita na aprovação do texto também na Câmara dos Deputados.

A proposta foi aprovada pelo Senado nesta quarta (7) em dois turnos e obteve 64 dos 81 votos (eram necessários 49). Agora, caberá à Câmara discutir a PEC. O texto também será submetido a dois turnos de votação e precisará dos votos de ao menos 308 dos 513 deputados.

Entre outros pontos, o texto exclui as despesas com o Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) do teto de gastos por dois anos. O governo eleito argumenta que a medida é necessária para garantir o pagamento de R$ 600 do benefício em 2023.

"Acho que o resultado [no Senado] foi muito positivo. A PEC não aumenta gastos em proporção ao PIB. Praticamente, a despesa primária se mantém. O que precisa é melhorar a qualidade do gasto público", afirmou Alckmin nesta quinta.

O vice-presidente disse ainda que "não há nada pior" para a questão fiscal que um Estado incapaz de cumprir "minimamente" seus deveres.

Para Alckmin, o ideal é a Câmara manter o período de dois anos com o Auxílio Brasil fora do teto de gastos, conforme aprovado pelo Senado, pois isso dará mais tempo, na avaliação do vice-presidente eleito, para as discussões sobre a reforma tributária sobre a "ancoragem fiscal" do país.

"Quanto mais a gente ouvir, quanto mais dialogar, vai acertar mais", acrescentou.

Alckmin disse ainda acreditar que a "pluralidade" vista na campanha de Lula será reproduzida no futuro governo.

No segundo turno, Lula reuniu o apoio de pessoas que historicamente não apoiaram o PT, como a senadora Simone Tebet (MDB); os economistas Persio Arida e Armínio Fraga; tucanos como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-senador Aloysio Nunes; e a ex-ministra Marina Silva, que integrou o governo Lula, mas estava rompida com o PT.

"Nós tivemos uma campanha marcada pelo plural, pela pluralidade. E eu acho que isso vai se reproduzir no governo, o que é muito bom. O Brasil é plural. Não temos que ter essa dicotomia", afirmou.

"O povo tem que estar feliz com um bom governo. Acho que a meta toda é ter um bom governo", acrescentou.

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