Anestesista preso por estupro durante cesárea aparece excitado em foto após outro parto, diz advogado

Mulher teve o anestesista Giovanni Quintella Bezerra na equipe que realizou o parto — Foto: Arquivo pessoal 1 de 3 Mulher teve o anestesista Giovanni Quintella Bezerra na equipe que realizou o parto — Foto: Arquivo pessoal

Mulher teve o anestesista Giovanni Quintella Bezerra na equipe que realizou o parto — Foto: Arquivo pessoal

Uma foto feita logo após um parto realizado no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no dia 10 de julho, mostra o anestesista Giovanni Quintella Bezerra excitado ao lado de uma mãe e de seu bebê, segundo o advogado 💥️Joabs Sobrinho.

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"Se você olhar a foto, você vai perceber que ele está atrás dela. Ele está abusando desde o momento que ela chegou, e naquele momento você percebe o volume na calça. Ele estava excitado naquele momento. Foi quando nasceu a criança, e ela entrou para tirar foto. Ele estava abusando dela", explicou Sobrinho.

Giovanni foi preso neste mesmo dia 10 de julho, após realizar mais duas cesáreas na unidade hospitalar. O médico foi filmado colocando o pênis na boca de uma gestante dopada. O vídeo foi feito pela equipe de enfermagem do hospital. Ele foi indiciado e é réu por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.

A gestante que aparece ao lado de Giovani na foto não quis revelar sua identidade, mas garantiu em entrevista ao g1 que também foi abusada pelo profissional de saúde.

Segundo a vítima, um dos indicadores de que ela foi dopada pelo anestesista foi a reação do seu corpo após o parto de seu segundo filho. A vendedora disse que não conseguiu nem mesmo amamentar a criança no dia.

Vítima de anestesista conta o que aconteceu no parto — Foto: Marcos Serra Lima/g1 2 de 3 Vítima de anestesista conta o que aconteceu no parto — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Vítima de anestesista conta o que aconteceu no parto — Foto: Marcos Serra Lima/g1

"Eu fiquei muito tempo apagada. Na minha primeira cesárea eu não dormi. No nascimento desse meu filho, eu não consegui amamentá-lo. Só estive com ele 8 horas depois", disse a mulher.

A defesa do anestesista é feita pela 💥️Defensoria Pública do RJ, que informou que não vai se manifestar porque o processo corre em segredo de justiça.

Giovanni está preso em uma cela individual do pavilhão 8 de Bangu, na Zona Oeste do Rio, destinado a detentos com curso superior. Ele está isolado por causa de ameaças. O médico virou réu em julho.

A Polícia Civil investigou mais de 40 possíveis casos de estupro de pacientes de Giovanni Quintella. Esse número representa o total de procedimentos cirúrgicos que contaram com a participação do anestesista. Apenas no Hospital da Mãe, em Mesquita, 💥️o médico participou de 44 cirurgias.

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O julgamento de Giovanni Quintella teve início na última segunda-feira (12), no Fórum de São João de Meriti.

A audiência de instrução e julgamento pode durar até 60 dias. Primeiro, são ouvidas as 8 testemunhas de acusação, entre elas a vítima e seu marido, e depois as 8 testemunhas de defesa.

Em seguida, abre-se espaço para esclarecimentos da perícia e, por último, o depoimento de Giovanni, que vai ser ouvido por videoconferência, para evitar que sua presença intimide a vítima ou as testemunhas, também por questões de segurança.

A prisão de Giovanni foi possível graças a uma filmagem feita pela equipe de enfermagem, que tinha desconfiado que o anestesista tinha cometido outros estupros no mesmo dia. O 💥️Fantástico exibiu novos trechos do vídeo, que mostram o anestesista desligando o aviso sonoro de monitoramento da grávida.

Esses alarmes soaram durante o estupro, que durou cerca de 10 minutos. De acordo com a perícia, os alarmes são do monitor multiparâmetro, que podem corresponder à queda de saturação de oxigênio da paciente, já que as vias aéreas da mulher foram obstruídas durante o estupro.

O 💥️Fantástico teve acesso com exclusividade ao vídeo de uma hora e trinta e seis minutos de duração, além das informações do laudo da perícia.

As cenas mostram que Giovanni colocou em risco a vida da paciente para ter a oportunidade de abusar dela. As imagens do estupro foram registradas por um celular, estrategicamente escondido em um armário dentro da sala de parto. Mas a Defensoria Pública questionou.

A defesa do médico alega que a captação de vídeo foi ilegal, porque foi produzida sem conhecimento dos envolvidos e sem autorização da Polícia ou do Ministério Público.

De acordo com o inquérito, Giovanni fez sete aplicações de sedativos na vítima. Os peritos dizem que a quantidade de anestésicos extrapolou o que é habitualmente utilizado em uma cesariana.

O flagrante do estupro cometido por anestesista — Foto: Jornal Nacional 3 de 3 O flagrante do estupro cometido por anestesista — Foto: Jornal Nacional

O flagrante do estupro cometido por anestesista — Foto: Jornal Nacional

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