'A gente não entende o prazer do cara nisso', diz mulher que também acusa anestesista de abuso durante cesárea

💥️Cinco meses após dar à luz no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, 💥️no dia em que o 💥️médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra💥️ estava de plantão, a 💥️primeira grávida a ser atendida pelo especialista no dia 10 de julho desse ano diz que💥️ carrega vários traumas.

Por quase uma hora, a vítima, que trabalha como vendedora e preferiu não se identificar, conversou com o g1 e contou sobre como tem sido seus últimos meses.

Algumas horas após o parto da vendedora, Bezerra foi preso após ser flagrado em um vídeo estuprando uma mulher que passava por uma cesárea. O anestesista está sendo julgado esta semana pelo crime de estupro de vulnerável.

Vítima de anestesista diz que não consegue ser atendida por profissional masculino — Foto: Marcos Serra Lima/g1 1 de 2 Vítima de anestesista diz que não consegue ser atendida por profissional masculino — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Vítima de anestesista diz que não consegue ser atendida por profissional masculino — Foto: Marcos Serra Lima/g1

💥️Pelas circunstâncias do seu parto, a mulher diz não ter dúvidas que também foi vítima do médico. Por conta disso, ele também é investigado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti por outro estupro.

A vendedora diz que tem dificuldades de acreditar que foi abusada durante um dos momentos mais bonitos e importantes da sua vida: a chegada do seu filho ao mundo.

Ela completa: "A minha ficha só caiu quando eu cheguei em casa e revi suas atitudes comigo. Eu não acreditava que ele tinha feito aquilo e que eu tenha sido uma vítima", relata.

Vítima de anestesista conta o que aconteceu no parto — Foto: Marcos Serra Lima/g1 2 de 2 Vítima de anestesista conta o que aconteceu no parto — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Vítima de anestesista conta o que aconteceu no parto — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Para a mulher, as atitudes do anestesista chamaram a atenção para o abuso.

"Ele não deixou que o enfermeiro me fizesse a sonda, me limpou, me alisou, além de fazer uma sedação muito forte. Eu lembro que eu entrei na sala de parto às 8h, porque tinha um relógio na parede, e só acordei às 16h já no quarto. Eu já havia feito uma cesariana antes e nunca dormi. Isso é muito estranho. Além de elogiar a minha tatuagem", relembra a mulher.

Hoje, a vítima tem dificuldades em receber atendimento médico de um profissional do sexo masculino. "Não tenho ido a médico homem, só com mulher. Eu não consigo mais", destaca.

Questionada se chegou a assistir ao vídeo em que Quintella aparece abusando de uma grávida, ela disse que sim e fala que a sensação foi de revolta.

"Eu vi o vídeo dele abusando da mulher na maternidade. Eu senti revolta, nojo. Porque aquele é um momento que estamos frágeis e não esperamos passar por essa situação. Gera uma revolta. Você prepara o enxoval do filho, se prepara e vem à tona o que aconteceu. Além dessa situação tão difícil, você fica com a preocupação de o cara ter alguma doença, você amamentar seu filho e ele ser contaminado. Eu sei de mim, que fiz os exames direitos. Mas eu não sei da índole dele", diz a mulher.

No final da conversa, a mulher questiona:

Segundo o advogado Joabs Sobrinho, que faz a defesa da vendedora, não há dúvidas de que Giovanni Quintella Bezerra também abusou de sua cliente.

"Ele se envolveu de forma diferente de um médico anestesista. Ele queria colocar o cateter, queria limpá-la. Esses atos chamam muita atenção, já que médico não faz isso. Além do tempo que ela ficou sedada: ficou de 8h às 16h desacordada. Quando eu vi os boletins de ocorrência da equipe médica, eu tive a certeza que ela foi abusada. Lá, eles narram efetivamente que viam que ele estava abusando da primeira vítima, que é a minha cliente.

Joabs Sobrinho diz que vai se habilitar como assistente de acusação e que Bezerra tem que ser indiciado por estupro e tentativa de homicídio.

"O que ele operou de medicamento, ele assumiu o risco de matá-la. Nesse tipo de operação, a mãe fica acordada para atender os comandos médicos", disse.

É a Defensoria Pública do Estado que faz a defesa do médico. O órgão informou que não vai se manifestar sobre o caso, já que o processo corre em segredo de justiça.

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