Ex-PM foragido foi expulso por tráfico de armas e usou tornozeleira eletrônica para enganar agentes

Thiago Andrade Silva esteve na Polícia Militar — Foto: Divulgação 1 de 2 Thiago Andrade Silva esteve na Polícia Militar — Foto: Divulgação

Thiago Andrade Silva esteve na Polícia Militar — Foto: Divulgação

O ex-PM 💥️Thiago Soares Andrade Silva, o Batata, apontado como mandante de um assassinato em 2023, tinha diversas ligações com a milícia e era próximo ao bicheiro Rogério Andrade, segundo investigações do Ministério Público e da Polícia Civil. Ele está foragido da Justiça e utilizou sua tornozeleira eletrônica para enganar agentes que tentavam prendê-lo.

Na última quarta-feira (14), um policial militar que teria atuado a mando de Batata foi preso em operação do Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

💥️Bruno Marques Silva, identificado como Bruno Estilo, foi um dos cinco presos pela morte de 💥️Neri Peres Júnior, conhecido como Alemão. A motivação para o assassinato seria por uma disputa pelo domínio de territórios explorados pela milícia, na Zona Oeste.

Batata, de acordo com o MP, foi o mandante do crime. Ele abandonou a corporação em dezembro de 2018 e foi expulso da PM após ter sido condenado a 22 anos e seis meses de prisão por organização criminosa, com atuação no 💥️tráfico internacional de armas e muitas conexões com o crime organizado.

"É inadmissível, que um encarregado de fazer cumprir a lei, em primeira instância, não preserve os valores éticos e morais no desempenho de sua atividade profissional. Pois, incidiu em transgressão disciplinar de natureza grave, independente do aspecto criminal, consoante ao Bol. PM nº 040 de 04Mar05, página 34, quando a demonstração do seu envolvimento em episódio de conduta delitiva envolvendo Armas de Fogo e munições não regulamentares", diz o boletim de 23 de dezembro de 2023.

Thiago foi preso em 2023, mas saiu da cadeia 💥️pela porta da frente em junho deste ano, depois que conseguiu o direito de cumprir a pena em casa, em duas decisões tomadas em um intervalo de duas semanas.

Em março deste ano, a Vara de Execuções Penais (VEP) concedeu progressão ao regime semiaberto e deu autorização para ele sair do presídio para trabalhar. Por fim, a VEP determinou que ele cumprisse a pena em prisão domiciliar, mediante a instalação de uma 💥️tornozeleira eletrônica.

Contudo, o equipamento não foi capaz de impedir a atuação criminosa de Batata, segundo as investigações. Alvo da operação que prendeu o PM Bruno Marques, Batata não foi localizado no local onde a tornozeleira eletrônica indicava.

O ex-policial Batata é apontado pela polícia como traficante de armas no RJ — Foto: Divulgação 2 de 2 O ex-policial Batata é apontado pela polícia como traficante de armas no RJ — Foto: Divulgação

O ex-policial Batata é apontado pela polícia como traficante de armas no RJ — Foto: Divulgação

Os policiais que foram ao endereço do ex-PM pediram ajuda aos agentes da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) para monitorar o deslocamento do suspeito.

A busca contou com várias equipes, que seguiram os movimentos do alvo pelo monitoramento eletrônico. Os agentes acreditavam que Thiago estaria nos arredores do condomínio onde mora, local indicado pela tornozeleira, que estava com a bateria carregada e sem qualquer indício de rompimento.

Após mais de 3 horas de tentativas frustradas, os agentes descobriram que Batata estava sem usar a tornozeleira havia muito tempo, apesar de não ter havido qualquer alarme indicando um rompimento.

Segundo as autoridades, Thiago Batata conseguiu retirar a tornozeleira e utilizar o equipamento para enganar os policiais, que pensavam que ele continuava em prisão domiciliar.

Thiago segue foragido e, de acordo com os investigadores, "possivelmente praticando toda ordem de crimes livremente".

A prisão de Batata aconteceu após uma longa investigação do Gaeco/RJ. O ex-PM foi um dos 💥️14 denunciados pelo MP por "tráfico de armas e munição" entre 2017 e 2018.

Segundo os promotores 💥️Jorge Luis Abdelhay e 💥️Fábio Corrêa de Matos Souza, Batata era o chefe do grupo criminoso que atuava desde a região de fronteira com o Paraguai até a Região Metropolitana do Rio, transportando e negociando armas e munições de uso restrito, como por exemplo calibres 💥️9mm, .40, 7.62mm e 5.56mm.

De acordo com o MP, a rota dos criminosos passava pelo sul de Mato Grosso do Sul, o oeste do Paraná e a região metropolitana do Rio de Janeiro, onde o grupo vendia as armas e munições para criminosos do estado.

Em dois anos, segundo as investigações, Thiago Batata realizou pelo menos 💥️nove grandes carregamentos clandestinos de armas e munições de uso restrito. Desse total, a polícia conseguiu interceptar quatro carregamentos.

Os investigadores classificaram a atuação do ex-PM na organização como de um chefe, "com especial destaque no comando dos asseclas intermediários".

"(Batata) também atuando como financiador do esquema e responsável pela segurança do bando, cobertura perante e na interlocução com autoridades e por arregimentar compradores para os carregamentos, eis que envolvido também em outros esquemas ilícitos violentos", dizia um trecho da denúncia apresentada pelo MP.

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