Dólar fecha em alta, com investidores repercutindo juros nos EUA e cenário político interno

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O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (15), um dia após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) elevar as taxas de juros dos Estados Unidos em meio 0,50 ponto percentual (p.p.), a um patamar entre 4,25% e 4,50% ao ano. Hoje, bancos centrais na Europa também decidiram suas novas taxas. No Brasil, as atenções seguem voltadas para o cenário político.

A moeda norte-americana subiu 0,25%, cotada a R$ 5,3147. Veja mais cotações.

No quarta-feira, o dólar encerrou o pregão com baixa de 0,25%, vendido a R$ 5,3015. Com o resultado desta quinta, a moeda acumula alta de 2,17% no mês. No ano, tem queda de 4,67%.

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Ontem, o Fed aumentou em 0,50 p.p. o referencial de sua taxa de juros para o intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano, elevando o custo de crédito para seu maior nível desde 2007. A alta era esperada e já havia sido sinalizada pelo presidente da instituição, Jerome Powell, que reforçou que o Fed pretende deixar os juros altos ainda por algum tempo, já que a inflação americana ainda não recuou aos níveis desejados.

Juros elevados nos Estados Unidos, explicam especialistas, favorecem o dólar em relação a outras moedas, principalmente as de países emergentes, como o Brasil.

Isso ocorre porque os títulos públicos americanos, considerados os mais seguros do mundo, têm sua rentabilidade baseada nas taxas do Fed. Assim, com juros mais altos, mais retorno esses títulos entregam, ganhando a preferência dos investidores em detrimento de ativos de risco, como moedas estrangeiras e o mercado de ações, por exemplo.

Durante a manhã, bancos centrais de países europeus também ajustaram suas taxas de juros. Na Inglaterra, os juros subiram 0,5 p.p., a 3,50% ao ano. Na Suíça, o banco central também subiu os juros em 0,5 p.p., a uma taxa de 1,0% ao ano. O Banco Central Europeu, responsável pelos 19 países da zona do euro, aumentou a taxa de juros que paga sobre os depósitos bancários de 1,5% para 2%.

No Brasil, é o cenário político que permanece no radar dos investidores. Na quarta, os mercados viveram um dia de intensa volatilidade por conta da cautela com a aprovação de um projeto de lei que propõe alterações na Lei das Estatais. O projeto deve ser votado no Senado nos próximos dias.

Em entrevista à GloboNews, Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda no governo Lula, disse que, se houver fiscalização e controle adequados, tanto faz se um diretor de estatal seja um funcionário de carreira ou chegue de fora.

Ainda no cenário interno, o Banco Central do Brasil divulgou nesta manhã o Relatório Trimestral de Inflação do quatro trimestre, revisando projeções econômicas para a economia brasileira. A instituição subiu de 4,6% para 5% a estimativa para o crescimento da inflação em 2023, destacando que as chances do IPCA estourar o teto da meta no próximo ano são de 57%.

Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para o próximo ano é de 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

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