Após morte de Pelé, grafiteiro desenha rosto do Rei do Futebol em avenida da Zona Sul de São Paulo: 'Memorável'

Grafite com rosto de Pelé é feito por artista em avenida de SP — Foto: Reprodução/TV Globo 1 de 7 Grafite com rosto de Pelé é feito por artista em avenida de SP — Foto: Reprodução/TV Globo

Grafite com rosto de Pelé é feito por artista em avenida de SP — Foto: Reprodução/TV Globo

Após a morte de Pelé ter sido anunciada nesta quinta-feira (29), em São Paulo, um grafiteiro paulistano decidiu homenageá-lo desenhando o rosto do maior jogador de futebol do mundo na Avenida Senador Teotônio Vilela, região de Interlagos, Zona Sul, nesta sexta-feira (30).

Pelé estava internado desde o dia 29 de novembro no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo para reavaliação da quimioterapia contra o tumor de cólon e o tratamento de uma infecção respiratória. Ele havia sido diagnosticado com câncer em setembro de 2023.

Anderson Grafite antes de começar a desenhar rosto de Pelé — Foto: Reprodução/TV Globo 2 de 7 Anderson Grafite antes de começar a desenhar rosto de Pelé — Foto: Reprodução/TV Globo

Anderson Grafite antes de começar a desenhar rosto de Pelé — Foto: Reprodução/TV Globo

Um boletim médico divulgado na tarde desta quinta-feira informou que a morte aconteceu às 15h27, "em decorrência da falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do câncer de cólon associado à sua condição clínica prévia".

Anderson Grafite, como é conhecido, chegou no começo da manhã desta sexta (30) na avenida. Depois de mais de três horas, o rosto do Rei do Futebol já podia ser visto por pedestres e motoristas em um muro que já tem os rostos de Falcão, destaque do futsal, e de Luva de Pedreiro.

Grafiteiro presta homenagem para Pelé em São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo 3 de 7 Grafiteiro presta homenagem para Pelé em São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

Grafiteiro presta homenagem para Pelé em São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

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Na quarta-feira (28), os dois filhos de Sandra Regina Arantes do Nascimento Felinto se juntaram à família e visitaram o avô no hospital. Eles disseram que essa aproximação era o que Sandra "mais sonhava".

A imagem de Octávio e Gabriel foi postada pela tia Kely Nascimento no Instagram. Na foto, onde também aparece outra filha do atleta, Flávia Arantes, Kely escreveu sobre a importância de todos estarem juntos.

Uma semana antes, no dia 21, Kely publicou um post no qual disse que o Natal da família seria celebrado ao lado do pai, no hospital.

"Família do insta, o nosso Natal em casa foi suspenso. Nós decidimos com os médicos que, por várias razões, será melhor a gente ficar por aqui mesmo, com todo esse cuidado que esta nova família Einstein nos dá", escreveu ela.

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), decretou luto oficial de sete dias pela morte do "do Atleta do Século, que conduziu o Brasil à glória do futebol mundial". O decreto será publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (30).

“Pelé é o maior nome dos muitos atletas que conduziram o Brasil à glória do futebol mundial, o maior gênio do esporte, um embaixador global da nossa arte, talento e simpatia. Mineiro de nascimento, Pelé está eternamente ligado a São Paulo. Iniciou sua carreira pelo Bauru, onde se consagrou campeão infanto-juvenil, e depois conquistou todos os títulos estaduais, nacionais e mundiais pelo Santos, clube que o contratou como profissional, com apenas 15 anos”, afirmou o governador, em nota.

“Único jogador a conquistar três Copas do Mundo, foi premiado como Atleta do Século pelo Comitê Olímpico Internacional. Em homenagem ao maior mito do futebol brasileiro, estou decretando luto oficial de sete dias. Meus sentimentos a familiares e amigos e ao Santos Futebol Clube, seu clube de paixão. A memória de Pelé seguirá nos acompanhando rumo aos novos títulos da Seleção Brasileira”, pontuou.

Já o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), decretou luto oficial de três dias. O anúncio sairá no Diário Oficial do município nesta sexta.

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Em 17 de dezembro, o Rei do Futebol postou em seu Instagram uma carta aberta onde falava sobre sonhos, amor e a eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo. A postagem teve milhares de curtidas de fãs do Brasil e do mundo.

💥️Leia a carta na íntegra, a seguir:

De menino de Três Corações (MG) a maior jogador do mundo: a trajetória de Pelé.

Eterno rei do futebol, ele ganhou projeção no Santos e se consagrou na seleção brasileira. Até agora, foi o único atleta na história a ganhar três Copas do Mundo como jogador.

Edson Arantes do Nascimento nasceu no dia 23 de outubro de 1940, no sul de Minas Gerais, em uma família humilde, filho de Celeste e de João Ramos do Nascimento, jogador de futebol conhecido como Dondinho.

Pelé em visita a Uberlândia em 1980 — Foto: Futel/Arquivo 5 de 7 Pelé em visita a Uberlândia em 1980 — Foto: Futel/Arquivo

Pelé em visita a Uberlândia em 1980 — Foto: Futel/Arquivo

Desde criança, já com o apelido de Pelé, ele queria seguir os passos do pai no esporte. Sua família se mudou para Bauru, no interior de São Paulo. Lá, ele começou a carreira no futebol amador de campo e de salão.

Aos 15 anos, Pelé foi levado para fazer um teste no Santos. Foi contratado pelo clube em 1956 e já começou a se destacar na equipe. No ano seguinte, foi convocado para a seleção brasileira, que se preparava para a Copa de 1958.

Aos 17 anos, ele foi para a Copa da Suécia e, mesmo sendo reserva nos dois primeiros jogos, marcou seis gols, ajudando o Brasil a ser campeão pela primeira vez. No ano seguinte, foi artilheiro do Campeonato Sul-Americano de Futebol.

Pelé em cena do filme 'Fuga para vitória' — Foto: Reprodução/IMDB 6 de 7 Pelé em cena do filme 'Fuga para vitória' — Foto: Reprodução/IMDB

Pelé em cena do filme 'Fuga para vitória' — Foto: Reprodução/IMDB

Na Copa de 1962, no Chile, consagrado no Santos, ele fez uma boa partida contra o México na estreia, mas sofreu uma distensão muscular contra a Tchecoslováquia e não jogou o resto do torneio. Em 1966, também sofreu lesões nos jogos contra a Bulgária e Portugal.

Em 1970, já chamado de o “rei do futebol”, Pelé viveu o auge da sua carreira na Copa do México, aos 29 anos. Em seis jogos, ele fez quatro gols, seis assistências, encantou o mundo e ajudou o Brasil a levar o tricampeonato.

Pelé em entrevista sobre os 50 anos do título mundial de 1958. Foto de 29/5/08 — Foto: Fernanda Luz/Arquivo A Tribuna 7 de 7 Pelé em entrevista sobre os 50 anos do título mundial de 1958. Foto de 29/5/08 — Foto: Fernanda Luz/Arquivo A Tribuna

Pelé em entrevista sobre os 50 anos do título mundial de 1958. Foto de 29/5/08 — Foto: Fernanda Luz/Arquivo A Tribuna

Quando chegou ao Santos, o time era o bicampeão paulista, em uma época em que os estaduais eram os mais importantes do calendário.

Mesmo assim, levou apenas um mês para estrear na equipe principal. Em um amistoso contra o Corinthians de Santo André, entrou no segundo tempo e marcou o sexto gol da vitória por 7 a 1 – seu primeiro com a camisa santista.

Ao longo de sua carreira no Santos, ganhou 23 títulos com o time e se sagrou artilheiro em grande parte deles. Nesses 18 anos, marcou 1.088 gols em 1.114 partidas, com uma média de 0,97 por jogo.

Os grandes destaques, além dos estaduais, ficam com as conquistas das Libertadores e dos Mundiais Interclubes de 1962 e 1963.

Em outubro de 1974, Pelé fez sua última partida em solo brasileiro. Com a camisa alvinegra santista, participou da vitória sobre a Ponte Preta por 2 a 0.

No ano seguinte, estreava pelo Cosmos, de Nova York. Apesar de estar longe de sua melhor forma física, ajudou a popularizar o esporte nos Estados Unidos.

Lá, se aposentaria em uma partida que envolvia os dois clubes pelo qual jogou em frente a um público de cerca de 60 mil pessoas. Em 1977, vestiu a camisa do Cosmos no primeiro tempo e marcou um gol. No segundo tempo, defendeu o Santos.

Sua despedida da seleção brasileira veio apenas em 1990. Aos 50 anos, Pelé jogou um amistoso na Itália contra um combinado de jogadores estrangeiros.

Ao fim de sua carreira, ele registrava a marca de 1.365 jogos, com 1.283 gols. Pelé então se tornou um embaixador mundial do esporte. O ex-jogador foi ministro do Esporte entre 1995 e 1998, após aceitar convite do então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Estrela nos gramados, Pelé também brilhou em diversas campanhas publicitárias e participou de filmes e de gravações musicais.

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