Réveillon de Copacabana tem ‘cercadinhos’ em barracas no meio da areia, e secretário diz que vai cassar licença

Parte dos dois milhões de pessoas que foram a Copacabana para receber 2023 precisou disputar espaço nas areias com 💥️“cercadinhos” montados por barraqueiros legalizados pela prefeitura. Alguns dos espaços reservados chegavam quase à beira d’água.

Em um deles, o preço cobrado por pessoa chegava a 💥️R$ 700, com direito a mesa, banheiro e chuveiro exclusivos, além de um bufê de frios liberado. Ao jornal O Globo, o secretário de Ordem Pública, Breno Carnevale, disse que vai cassar a licença dos barraqueiros e aplicar multa.

"Vou cassar o alvará e, infelizmente, eles não vão mais poder trabalhar na areia. Agiram nitidamente de má fé: orientamos, dialogamos e não vamos abrir mão de tomar as medidas legais para que a ordem seja mantida. A praia é democrática, tem que ser aproveitada por todos", disse Carnevale.

Na manhã deste domingo (1º), ainda era possível ver fitas e grades na areia.

Compartilhe no WhatsAppCompartilhe no Telegram

Cercadinho no Leme ainda não tinha sido desmontado na manhã deste domingo (1º) — Foto: Raoni Alves/g1 1 de 4 Cercadinho no Leme ainda não tinha sido desmontado na manhã deste domingo (1º) — Foto: Raoni Alves/g1

Cercadinho no Leme ainda não tinha sido desmontado na manhã deste domingo (1º) — Foto: Raoni Alves/g1

No Leme, na altura da Rua Antônio Vieira, quem não pagou para ficar nos “cercadinhos” tinha que se espremer em um estreito corredor delimitado por fitas se quisesse chegar ao mar.

“Cobraram 💥️R$ 30 por cadeira para a gente ficar aqui dentro”, disse uma turista ao g1. “A gente só consome se quiser”, emendou.

💥️VEJA TAMBÉM

Cercadinho chegou quase à beira d'água — Foto: Eduardo Pierre/g1 2 de 4 Cercadinho chegou quase à beira d'água — Foto: Eduardo Pierre/g1

Cercadinho chegou quase à beira d'água — Foto: Eduardo Pierre/g1

O mesmo cercadinho, na manhã de domingo — Foto: Raoni Alves/g1 3 de 4 O mesmo cercadinho, na manhã de domingo — Foto: Raoni Alves/g1

O mesmo cercadinho, na manhã de domingo — Foto: Raoni Alves/g1

O g1 percorreu um trecho das praias do Leme e de Copacabana e viu que a maioria dos “cercadinhos” estava com mesas e cadeiras vagas.

Para alguns turistas, o “cercadinho” foi uma solução para ter um pouco mais de segurança durante o réveillon.

Para o mineiro 💥️Pablo Marcelo, de 35 anos, o medo de arrastão fez ele optar por um desses lugares fechados. No caso dele, a área escolhida era no meio da areia, na altura do Leme. No local, por 💥️R$ 20, cada pessoa tinha direito a uma cadeira numa área cercada.

"Eu tô com mais quatro amigos, e a gente viu muito arrastão, assalto e briga ontem [sábado, 31], principalmente perto do palco. A ideia de pagar por esse lugar foi ótima. Me senti muito mais seguro”, disse Pablo.

O turista veio de Belo Horizonte só para a festa da virada em Copacabana. Pablo chegou ao Rio de Janeiro no sábado à tarde e conseguiu aproveitar a praia e os shows da virada. E neste domingo (1º) ainda teve tempo de uma despedida na beira do mar.

“Eu sempre tive um sonho muito grande de ver os fogos de artifício, conhecer Copacabana. Eu vim de excursão bate e volta. Meio-dia já estou indo embora. Mas foi muito bom. Os shows, os fogos muito bonitos. Tudo. Recomendo para qualquer turista do mundo”, comentou Pablo.

Mas uma moradora de Botafogo que foi com a família ao Leme para ver os fogos reclamou do pouco espaço à beira-mar. “Se estoura algum tumulto, como nós vamos sair daqui com tudo cercado?”, indagou.

Corredor estreito entre dois cercadinhos no Leme — Foto: Eduardo Pierre/g1 4 de 4 Corredor estreito entre dois cercadinhos no Leme — Foto: Eduardo Pierre/g1

Corredor estreito entre dois cercadinhos no Leme — Foto: Eduardo Pierre/g1

A Secretaria de Ordem Pública (Seop) e a Guarda Municipal informaram que “realizaram fiscalizações para coibir o uso irregular de áreas públicas”.

“Em caso de não conseguirmos efetuar o flagrante e, em se comprovando a irregularidade, tomamos as medidas administrativas posteriormente, como multas ao estabelecimento e, eventualmente, a cassação do alvará”, detalhou a Seop.

O g1 perguntou quantos espaços haviam sido fiscalizados, mas, até a última atualização desta reportagem, a prefeitura ainda não tinha respondido.

O que você está lendo é [Réveillon de Copacabana tem ‘cercadinhos’ em barracas no meio da areia, e secretário diz que vai cassar licença].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...