Bombardeios russos no Ano Novo deixam quatro mortos e 50 feridos na Ucrânia

Bombeiros apagam incêndio causado por bombardeio russo na capital ucraniana, Kiev — Foto: Roman Hrytsyna/AP 1 de 2 Bombeiros apagam incêndio causado por bombardeio russo na capital ucraniana, Kiev — Foto: Roman Hrytsyna/AP

Bombeiros apagam incêndio causado por bombardeio russo na capital ucraniana, Kiev — Foto: Roman Hrytsyna/AP

As autoridades ucranianas anunciaram neste domingo (1º) o balanço de quatro mortos e 50 feridos nos bombardeios russos lançados na virada de 2022 para 2023. Segundo a Rússia, o objetivo era atingir fábricas de drones.

Esses ataques aconteceram na capital do país, Kiev, e em outras sete regiões da Ucrânia, conforme as últimas informações divulgadas pelas autoridades locais e regionais.

Os jornalistas da AFP ouviram cerca de uma dezena de explosões no início da tarde de sábado (31) na capital ucraniana, onde também foram ouvidas deflagrações pouco depois da meia-noite. Um míssil atingiu a fachada de um hotel em Kiev.

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Três pessoas morreram, entre elas uma jovem de 22 anos, na cidade de Khmelnitski, no oeste do país, acrescenta o balanço ucraniano destes atentados.

A quarta vítima morreu neste domingo, após um bombardeio russo na região de Zaporizhia, no sul do país.

Entre os 50 feridos, há dois adolescentes, de 13 e 12 anos, que vivem em uma localidade próximo da cidade de Kherson, no sul, recuperada das mãos russas por tropas ucranianas em novembro.

Um membro da equipe de resgate de Kiev passa diante de destruição causada por bombardeios russos na capital ucraniana — Foto: Felipe Dana/AP 2 de 2 Um membro da equipe de resgate de Kiev passa diante de destruição causada por bombardeios russos na capital ucraniana — Foto: Felipe Dana/AP

Um membro da equipe de resgate de Kiev passa diante de destruição causada por bombardeios russos na capital ucraniana — Foto: Felipe Dana/AP

O Exército ucraniano anunciou que derrubou 45 drones de fabricação iraniana na madrugada passada, mas não especificou se esses robôs usados como projéteis atingiram seus alvos.

No Facebook, o chefe da polícia, Andriy Nebitov, publicou uma imagem dos restos de um drone com as palavras "Feliz Ano Novo" em russo.

"Isso é tudo de que precisamos saber sobre o Estado terrorista e suas Forças Armadas", escreveu ele em seu post.

O Ministério russo da Defesa afirmou que os bombardeios da véspera contra várias cidades ucranianas tiveram fábricas de drones como alvo, com o objetivo de impedir ataques ao território russo.

"Em 31 de dezembro de 2022, as Forças Armadas russas lançaram um ataque aéreo de precisão e de longo alcance contra instalações de defesa ucranianas envolvidas na fabricação de drones ofensivos usados para cometer ataques terroristas contra a Rússia", declarou o Ministério.

"Conseguimos desmantelar os planos do regime de Kiev de organizar ataques terroristas contra a Rússia em um futuro próximo", acrescentou.

O Exército russo afirmou ainda que continua sua ofensiva na região de Donetsk, no leste da Ucrânia e anexada pela Rússia em setembro. A zona agora concentra a maior parte dos combates.

O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, acusou a Rússia de ter atacado áreas residenciais, deliberadamente, no sábado. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, reagiu a esses bombardeios, garantindo que seu país "não perdoará" a Rússia.

No lado pró-Rússia, autoridades em territórios separatistas no leste da Ucrânia relataram a morte de um civil por bombardeios ucranianos na cidade de Yasinuvata, na região de Donetsk. Também denunciaram os bombardeios do Exército de Kiev contra a cidade de Donetsk e a cidade vizinha de Makiivka, que deixaram pelo menos 15 feridos.

Em sua mensagem de fim de ano, Zelensky elogiou a resistência ucraniana à invasão russa e disse que o seu país lutará até à "vitória", ou seja, até recuperar todos os territórios ocupados, ou anexados, pela Rússia.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou, por sua vez, que a "justiça moral e histórica" está do lado de seu país nesta guerra e acusou os ocidentais de "usarem, cinicamente, a Ucrânia e seu povo para enfraquecer e dividir a Rússia".

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