Castro diz ter errado ao delegar negociações: ‘Talvez se eu tivesse puxado antes para resolver, não teria apanhado tanto’

O governador Cláudio Castro (PL) disse ter puxado para si todas as decisões que envolvem “grandes volumes de dinheiro investido”, como no transporte público. Em entrevista a Edimilson Ávila, para o podcast Desenrola Rio, Castro explicou que só assim questões importantes para o RJ destravaram 💥.

Cláudio Castro em seu discurso de posse como governador reeleito do RJ — Foto: Divulgação/Alerj 1 de 1 Cláudio Castro em seu discurso de posse como governador reeleito do RJ — Foto: Divulgação/Alerj

Cláudio Castro em seu discurso de posse como governador reeleito do RJ — Foto: Divulgação/Alerj

Na cumbuca, segundo Castro, estavam 💥️impasses no transporte.

“Eu não posso errar na relação com as concessionárias. Acho que eu fiquei acreditando muito que o fim da pandemia traria uma solução. Talvez tenha sido um erro meu não ter trazido para eu cuidar — como eu trouxe nos últimos meses e as coisas voltaram a funcionar”, contou.

“Eu aprendi que há determinadas situações, sobretudo as mais graves e as que impactam mais a população, que o governante tem que tratar pessoalmente. Ele não pode mais delegar”, destacou.

Castro disse que não pode ter escolhas erradas no secretariado e nas decisões.

“Nossa margem de erro é muito pequena. Quando algo da engrenagem não funciona, como no estado tudo é muito grande —são 💥️460 mil servidores, 💥️70 mil policiais, 💥️17 milhões de pessoas, um orçamento com mais de 💥️R$ 100 bilhões —, cada erro nosso custa muito”, explicou.

“Eu deleguei as negociações [no transporte], que eram muito grandes e pesadas para qualquer um que não fosse eu para tomar. Então, quando eu puxei para eu tomar as decisões, tudo andou”, falou.

“As grandes decisões agora, os grandes volumes de dinheiro investido com as coisas que impactam muita gente, todas serão decididas pelo próprio governador.”

Ao podcast, Castro voltou a admitir que errou com a Fundação Ceperj, o centro de estudos de políticas púbicas do estado.

Após a eleição de Castro, o Ministério Público Eleitoral acusou Castro e mais 11 pessoas de “abuso de poder político e econômico” através de desvios na fundação.

O Ceperj foi alvo de uma série de denúncias de pagamentos irregulares. Segundo o MP, funcionários sacaram mais de 💥R$ 220 milhões em espécie na boca do caixa.

“Eu acho que eu cometi um grande erro na ânsia de acertar. O Ceperj foi um grande erro, porque a intenção ali era a não utilização de OSs [Organizações Sociais]. Hoje eu não tenho dúvida de que a fundação não estava preparada para o tamanho que ela se tornou. A intenção maravilhosa dos programas sociais era não utilizar OS, mas a instituição não estava pronta”, disse.

“Eu deveria ter qualificado o Ceperj para poder ter mecanismos melhores de controle”, emendou. “Foi a ânsia de entregar todos os projetos que estavam lá. Eu errei ao não perceber que a fundação não tinha condição técnica de fazer aquilo.”

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