Boric diz que conversou com Lula sobre situação da Venezuela: 'Os problemas não se resolvem isolando os países'

1 de 1 Presidente do Chile, Gabriel Boric, em reunião bilateral com Lula nesta segunda-feira (2). — Foto: Adriano Machado/Reuters

Presidente do Chile, Gabriel Boric, em reunião bilateral com Lula nesta segunda-feira (2). — Foto: Adriano Machado/Reuters

O presidente do Chile, Gabriel Boric, afirmou nesta segunda-feira (2) que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a situação da Venezuela e defendeu incorporpar ao circuito internacional o país governado por Nicolás Maduro.

Boric veio ao Brasil para a posse de Lula e teve uma audiência com o presidente do Brasil nesta segunda. Após o encontro, no Itamaraty, o líder chileno concedeu entrevista na qual deu sua opinião a respeito da crise venezuelana.

"Uma das coisas que conversamos também é a importância de que, para a solução da crise que viveu a Venezuela no último ano, é relevante que volte a se incorporar ao circuito multilateral. Os problemas não se resolvem isolando os países, mas sim incorporando e ajudando a sair, fortalecendo a democracia", disse Boric.

Segundo o presidente do Chile, é preciso colaborar para que sejam realizadas eleições consideradas legítimas na Venezuela em 2024. O governo Lula retoma as relações com a Venezuela, uma vez que o ex-presidente Jair Bolsonaro não considerava Maduro o presidente o país.

Boric afirmou que os atuais governos de Chile e Brasil têm "cumplicidade" e que pretendem trabalhar para fortalecer organismos internacionais da América Latina, como a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

"Vamos trabalhar para que a integração não seja só com declarações e palavras, mas com feitos concretos que melhorem a qualidade de vida do povo, como a construção de infraestrutura comum, melhorar o intercâmbio comercial ou abordar em conjunto a crise migratória", declarou.

Boric ainda apontou desafios comuns para Chile e Brasil, entre os quais, combate à desinformação, combate à crise climática e a defesa da ciência.

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Petro também citou o caminho para uma mudança na política antidrogas e os estudos para interconexão na área de energia limpa entre os países da região.

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